A rubéola é uma doença infecto-contagiosa ocasionada pelo Togavírus
A rubéola é uma doença infecto-contagiosa ocasionada pelo Togavírus, é mais comum em crianças, mas pode ocorrer também em adultos. Sua característica mais marcante é o aparecimento de manchas vermelhas, primeiro na face e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo inteiro. O contágio ocorre comumente pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal.
A rubéola ocorre apenas uma vez na vida e o único hospedeiro do vírus é o ser humano. A doença se manifesta em duas fases distintas. Primeiro aparecem sintomas inespecíficos, como febre e mal-estar. Nesta etapa, que dura dois ou três dias, o diagnóstico não é claro, pois os sintomas presentes são comuns a muitas outras doenças. Depois vem uma fase chamada exantemática que se caracteriza pelo aparecimento das erupções na pele.
A erupção na pele é constituída por pequenas manchas de cor rosada, como cabeças de alfinete, localizadas inicialmente na cabeça e no pescoço, que se espalham rapidamente pelo tronco e pelos membros, atingindo todo o corpo ao fim do primeiro dia. A erupção não causa coceiras e desaparece ao fim de dois ou três dias. Além das manchas podem surgir outros sintomas, como dor de garganta, congestão nasal e dores nas articulações, mais freqüentes nos adultos.
O número de ocorrências de rubéola no Brasil vinha caindo de maneira significativa desde 1997, quando foram registrados 32.825 casos, segundo o Ministério da Saúde. Em 2005, o número chegou a 351, mas um novo surto foi detectado. No ano passado, foram registrados 8.407 casos.
Em agosto e setembro, o Ministério pretende vacinar aproximadamente 70 milhões de pessoas com entre 20 e 39 anos. As únicas pessoas que não devem tomar a vacina são as mulheres grávidas. O público masculino será o alvo preferencial da campanha - do total de casos de rubéola confirmados em 2007, 70% foram em homens.
Sintomas:
O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são parecidos com os da gripe:
Dor de cabeça;
Dor ao engolir;
Dores no corpo (articulações e músculos);
Dores no testículos;
Congestão nasal e espirros;
Coriza;
Aumento de gânglios linfáticos;
Febre baixa (ao redor de 38ºC);
Manchas avermelhadas inicialmente no rosto que depois se espalham pelo corpo todo.
Dicas:
A rubéola é um das cinco doenças com marcas vermelhas na pele durante a infância. As outras são sarampo, varicela, eritema infeccioso e roséola.
Como forma de prevenção, a vacinação é recomendada aos 15 meses de idade e para todos os adultos que ainda não tiveram a doença. Respeite as datas de vacinação de seu filho.
Mulheres que não tiveram a doença devem ser vacinadas antes de engravidar.
As epidemias de rubéola geralmente ocorrem em ciclos de 6 a 10 anos, no período do inverno e da primavera, atingindo principalmente crianças em idade escolar até nove anos e adolescentes após a vacinação.
O surto é gerado por meio de cadeia de transmissão. Os casos são correlacionados e 80% ocorrem pelos homens entre 20 a 39 anos.
Os homens precisam entender que eles têm rubéola igualzinho às mulheres e são, hoje, os responsáveis pela circulação do vírus da rubéola congênita no Brasil. Eles podem não tê-la, mas serem portadores, e transmitirem a uma mulher grávida.
Quem não teve a doença deve evitar o contato com pessoas infectadas pelo vírus.
O modo de transmissão o contato com as secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas. A infecção é produzida por disseminação de gotículas ou através de contato direto com pessoas contaminadas.
40% das mulheres que contraem a doença nos três primeiros meses de gravidez têm filhos com algum tipo de complicação.
As gestantes não podem ser vacinadas e as mulheres vacinadas devem evitar gravidez por um mês após a data de vacinação.
Pessoas portadoras de doença maligna, deficiência imunológica, em uso de imunossupressores, corticóides e quimioterápicos não poderão ser vacinados.
Por causa de sua semelhança com várias outras enfermidades, o diagnóstico preciso de rubéola só pode ser obtido pelo exame sorológico.
O Ministério da Saúde quer eliminar a rubéola no País até 2010, considerando que a vacinação é a única forma de interromper a cadeia de transmissão do vírus.
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