Em meio a tantas carreiras e opções fica difícil decidir em qual curso superior ingressar. Para sanar essas e outras dúvidas, há 27 anos ocorre o Encontro de Formação Profissional, promovido pelo Singular-Anglo Vestibulares, na unidade central de Santo André. O evento, voltado para o estudante que está terminando o Ensino Médio e não quer perder tempo na escolha, ocorreu no sábado e contou com a presença de cerca de 5.000 visitantes, que passaram pelo local entre 14h e 17h30.

"Criamos um sistema self-service de atendimento. São 250 profissionais falando sobre 50 cursos diferentes, distribuídos nas salas de aula. Ao entrar, o estudante recebe um cardápio com as opções dos profissionais disponíveis", explicou Paulo Roberto De Francisco, diretor de Vestibulares.

Também compuseram a feira 21 estandes de instituições, além de palestras sobre temas variados como Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), bolsas de estudo e Reforma Ortográfica, que contou com a presença do professor Pasquale Cipro Neto.

As dúvidas sobre o que escolher estavam por toda parte da feira. A vendedora Sabrina de Souza, 17 anos, está no 3º do Ensino Médio e está indecisa entre Veterinária ou Psicologia. "Trabalho com público e percebo que muitos vêm falar comigo e de repente estão desabafando sobre a mesma questão", contou Sabrina, presente no encontro.

Há quem esteja mais focado. Como Bárbara dos Santos, 18, que terminou o 3º ano em 2009 e estuda sozinha para prestar o vestibular no fim do ano. "Estou em dúvida entre Engenharia Civil ou Designer de Interiores, que está associado à arquitetura. Gosto de desenhar, sei mexer no AutoCad (software para criação de desenhos) e estou de olho nas oportunidades que o País terá com a Copa do Mundo e as Olimpíadas", falou Bárbara, que mora em São Bernardo e passou a tarde no evento.

Realização pessoal - Administração, Direito, Engenharia e Medicina ainda continuam sendo as mais procuradas. Mas há quem prefira os mais novos, como o de Astronomia. "Astronomia consiste em colher informações por meio de telescópios utilizando conceitos matemáticos e físicos para explicar os fenômenos ligados aos corpos e astros celestes", explicou o professor Roberto Boczko, da USP (Universidade de São Paulo).

Segundo ele, muitos o procuram porque ainda têm aquela visão romântica ou por pura desinformação. "Por isso trago um catálogo com todos as matérias estudadas durante a graduação. Além disso, dou o seguinte conselho: remuneração é importante mas também tem que levar em conta a realização pessoal", disse Roberto, que revelou que há muito campo a ser explorado para quem optar pelo curso.

Quem também ressaltou a importância de optar por algo que goste foi o professor de Engenharia Civil Ricardo Montefusco, da Mauá Engenharia. "Sempre fui bom em desenho, que é importante para a profissão. Não pensava em ser professor, mas acabou acontecendo e gosto muito. Faço alguns bicos para manter a prática". contou Ricardo.