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Festival de Paranapiacaba começa com muito frio
Everaldo Fioravante
Do Diário do Grande ABC
14/07/2002 | 18:35
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“Só mesmo a gente se juntando para esquentar um pouco”. O violonista Yamandú Costa tinha razão quando falou isso ao público em seu show no Clube União Lira Serrano, no primeiro dia do II Festival de Inverno de Paranapiacaba, neste sábado. Além da baixa temperatura, não faltou garoa e a tradicional neblina da vila ferroviária. Nada que um bom agasalho não resolvesse, ou que uma bebida como quentão ou vinho quente não amenizasse.

A programação do evento, que tem apoio do Diário, começou pela manhã e se estendeu até a apresentação de Yamandú, realizada das 18h15 às 19h30, no Clube União Lira Serrano. Antes dele, houve dois outros espetáculos no mesmo palco: da Banda Sinfônica de São Bernardo (10h) e da Orquestra Filarmônica da mesma cidade (15h). Esta, sob regência do titular Paulo Rydlewski, executou um programa variado, com obras de Wagner e Carlos Gomes, entre outras.

Os ateliês de Paranapiacaba também tiveram atrações culturais, como a peça Don Ramon de Capuchiella, de Julio Dantas, com o Grupo Dinossauros Órfãos, e os shows da banda K.RAM.K, do Chorinho Amizade e de Fernando Cavalieri.

Luiz Castanha, 39 anos, de Diadema, esteve no festival do ano passado e retornou para a segunda edição, isso sempre junto da mulher, Mônica Castanha, 36. Após a apresentação da Filarmônica eles foram conferir as barracas montadas perto do Lira Serrano. Luiz provou e gostou do cuscuz servido por Vanda Maria dos Santos, na barraca de comidas baianas.

Do outro lado da rua, vindos de São Paulo, os namorados Janaína Azevedo, 21, e Roberto Martinez, 23, espantavam o frio com o quentão da Dona Cida (av. Fox, 447). “Sempre visitamos a Vila”, disse Janaína. “Gostamos das trilhas e de comer os doces que as ‘tias‘ fazem”, afirmou Roberto.

Dona Cida serve ainda fogazza, bolos e salgados feitos por ela, além dos licores artesanais, como os de jabuticaba e cereja. Tudo em sua própria residência que, assim como outras da Vila, funcionará como comércio até o final do evento.

Turismo – Se uma das intenções do festival é atrair gente de fora para Paranapiacaba, os primeiros passos já estão dados. Exemplo disso são os namorados Fábio Pereira, 35, e Samille Skrzypek, 25, também vindos de São Paulo. “Não conhecíamos aqui. Nossa primeira impressão é muito boa. É um local muito acolhedor”, disse Samille. “Viemos especialmente para ver o Yamandú”, afirmou Fábio.

No festival tinha até gente do Grande ABC que ainda não conhecia a Vila. Caso de Ângela Galdino, 46, e sua filha Aline, 24. “Moro em Santo André há cerca de 40 anos e nunca tinha vindo aqui. Me parece ser um lugar bem calmo”, disse Ângela. Aline achou que o evento poderia ter mais atrações.

A prima de Aline, Maraísa Barazoli, 17, também de Santo André, conhecia a Vila, onde em outra ocasião fez passeio ecológico em trilhas. Sobre o festival, diz: “Só está chata essa chuvinha, que atrapalha um pouco”. Nada, porém, que fizesse o público desistir de ficar em Paranapiacaba até o fim da programação do dia.




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