A partida contra os brasileiros, geralmente considerados os favoritos ao título, está inflamando os torcedores ingleses.

Os bookmakers têm recebido apostas recordes. William Hill espera receber mais de 20 milhões de libras em apostas, o que representa um recorde para uma partida de futebol. Mark McGuinness estima que o total de apostas na Grã-Bretanha vai superar um bilhão de libras, sendo 40% pela Internet.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, já reservou um tempo livre na reunião européia de Sevilha para assistir ao jogo.

Os sindicatos estão pedindo às empresas que sejam flexíveis com eventuais atrasos ou faltas no dia da partida entre Brasil e Inglaterra. O jogo está programado para às 06h30 na Inglaterra (13h30 no Japão). Os canais de televisão esperam uma audiência sem precedentes no país.

As empresas de transporte estão prevendo um tráfego mínimo durante a partida, em um horário onde geralmente o trânsito é intenso. Por outro lado, as companhias de energia esperam um pico no consumo na manhã de sexta-feira, com a população utilizando ao mesmo tempo suas cafeteiras e torradeiras elétricas.

O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth, assistirá a partida em Shizuoka na qualidade de presidente da Football Association, a federação inglesa de futebol.

Aos olhos de muitos ingleses, uma vitória sobre o Brasil colocaria a Inglaterra na final da Copa do Mundo, já que a semifinal seria contra o vencedor de Turquia e Senegal, duas seleções que os britânicos consideram inferiores à sua equipe.

Vários pubs que exibirão o jogo em telões decidiram abrir mais cedo e servir o café da manhã para os torcedores que planejam trabalhar após a partida.

A imprensa inglesa está otimista: "O dia de glória está chegando", era a manchete do Times. O jornal destaca que "se jogar com o Brasil é um momento raro, enfrentar uma seleção brasileira de nível médio é uma oportunidade única nos últimos 50 anos".