Familiares dos empresários Romuyuki e Flaviana Gonçalves e do filho caçula, Juan Gonçalves, encontrados carbonizados no porta-malas do carro na madrugada de terça-feira (28) na Estrada do Montanhão, em São Bernardo, garantiram após depoimento na Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) nesta sexta-feira, que casal não era homofóbico.

Diogo Reis, primo da Flaviana, explicou que o que existia era um descontentamento com relação ao comportamento de Carina, companheira de Ana Flávia, filha mais velha do casal.  Isso, inclusive, teria gerado alguns conflitos familiares.  "Eles estão sendo apontados como homofóbicos. Estão dizendo que a causa por ter sido eles não aceitarem o relacionamento homossexual da filha, mas a gente vai provar que isso era mentira. A Ana Flávia já foi casada com uma outra mulher e meus primos foram padrinhos do casamento", contou.

Reis também confirmou que a família tem certeza daparticipação das duas suspeitas no assassinato. "Hoje não temos mais nenhuma dúvida", disse.

Mais cedo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que as investigações sobre as circunstâncias do crime correrão em segredo judicial. O caso é investigado pelo setor de Homicídios da Delegacia Seccional de São Bernardo, que justificou que medida é necessária para preservar o andamento das investigações.

Ana Flávia Gonçalves, 24 anos, filha mais velha do casal, e a companheira dela, Carina Ramos, 31, estão presas deste a noite de quarta-feira (31) em caráter temporário, suspeitas de envolvimento no crime. Diligências continuam em andamento para identificar e prender outros envolvidos.  (Com informações de Yasmin Assagra)