Todo fim de campeonato, seja ele qual for, é a mesma história: equipes dependem de outras para se classificarem ou não serem rebaixadas e, consequentemente, surgem os casos de incentivos financeiros para determinado time vencer ou perder, as chamadas malas brancas ou pretas. E na Série C o assunto está em pauta, inclusive no Santo André, que precisa não apenas triunfar sobre o Macaé, sábado, no Rio, mas também torcer por derrota do Brasiliense para o Vila Nova, no Distrito Federal, para evitar a degola à Série D.

Assim, nos bastidores fala-se no envio de dinheiro aos atletas do time goiano tanto por parte do Ramalhão, para que vençam, quanto do Brasiliense, para que entreguem. O diretor de futebol do Santo André, Sérgio do Prado, porém, garante não saber do assunto.

"Desconhecemos dos dois lados. Não estamos indo por este caminho, não vamos nos apegar a isso. Vamos fazer a nossa parte e estamos confiantes em vitória do Vila", afirmou o dirigente. "Dar incentivo acho normal, mas não concordo em pagar para perder ou empatar. Isso é comprar a dignidade de alguém", disse o técnico Itamar Schulle.

Informações extraoficiais da imprensa goiana indicam que os jogadores do Vila Nova estão há meses sem receber salários. Portanto, se o Ramalhão enviasse algum dinheiro aos atletas goianos para que vencessem a partida, eles não recusariam. Palavras dos ex-andreenses Léo Costa e Rafael Magalhães. "Não sei (se vão mandar), mas dinheiro é sempre bem-vindo. Fica a cargo das diretorias. Vamos entrar para fazer nossa parte em campo", destacou Léo. "Sempre ajuda", emendou Rafael.