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Vale até dormir no chão para ver o Azulão no Paraná
Edélcio Cândido
Da Diário do Grande ABC
13/12/2001 | 00:02
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Vale tudo pelo sacrifício de viajar e ganhar ingresso para o jogo de domingo, da Arena, na Baixada no Paraná . Mais de 80 torcedores dormiram ao relento e passaram por condições precárias – entre a umidade e medo de ataques de arruaceiros – na madrugada de quarta em frente às bilheterias do estádio Anacleto Campanella em busca de senhas – cerca de três mil – que serão trocadas por ingressos antes do jogo contra o Atlético-PR.

Graças ao Fundo do Empresariado, criado por conselheiros, pelo presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, e pelo prefeito, Luiz Tortorello, três mil torcedores do Azulão terão ingressos e ônibus (40) de graça para a primeira partida decisiva no Paraná. Só não está definido o horário em que os ônibus vão sair de São Caetano com membros da Bengala, Sangue Azul, Comando etc.

Da carga dos três mil ingressos – 10% dos 30 mil lugares disponíveis – todos foram repassados em pouco mais de três horas. As bilheterias foram abertas às 10h, mas a cada meia hora, os bilheteiros davam um tempo. Os cambistas ficaram frustrados. Em meio ao princípio de tumultos, empurra-empurra, palavrões e presença de PMs para serenar os ânimos, o clima não foi tão tenso até por volta das 14h. Às 15h, sem senha e bilhete para o ônibus, grupos de torcedores provocaram alguns tumultos querendo mais ingressos, mas a polícia interveio e tudo acabou na normalidade.

Entre os torcedores, Elder Caugha, um ilustre visitante ontem pela manhã no Anacleto Campanella: o norte-americano, que mora em Utah e passa alguns dias de férias no Grande ABC, se misturou ao movimento e foi buscar sua senha. Ele estava junto do amigo carioca Elder Pacula, que também passeia em São Caetano.

O torcedor Marcos Orvalle Batista, aposentado, 63 anos, do bairro Vila Paula, disse que o Azulão acertou em “brigar” por jogar no Anacleto Campanella. “Temos o direito de decidir em casa, assim como o Atlético-PR. Se o time joga bem diante da torcida, por que mudar?

Quem quiser viajar por conta, de avião, a Rio Sul cobra R$ 307 (mais R$ 16,35 de taxa), pela GOL, R$ 201 (mais R$ 16,35) sem direito a serviço de bordo. Preços faturados pela Flytur.




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