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Região investiga oito mortes suspeitas pelo novo coronavírus

Prefeituras informam que são 30 as pessoas no Grande ABC que testaram positivo para a Covid-19, seis a mais do que o divulgado no domingo

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
24/03/2020 | 00:01
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O Grande ABC contabilizou ontem seis novos casos de pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus, chegando à marca de 30 pacientes – contra 24 do contabilizado pelas sete prefeituras domingo. São 11 em São Caetano, nove em São Bernardo, sete em Santo André, um em Diadema, um em Mauá e um em Ribeirão Pires – apenas Rio Grande da Serra ainda não teve registros. Além disso, a região investiga oito mortes por suspeita da Covid-19, sendo três delas em Santo André, duas em São Bernardo, duas em São Caetano e uma em Diadema.

Contabilizando os números desde a semana passada, o Grande ABC alcançou a expressiva marca de 980 suspeitos de terem sido infectados pela doença, sendo 115 em Santo André, 430 em São Bernardo, 162 em São Caetano, 146 em Diadema, 107 em Mauá, 25 em Ribeirão Pires e cinco em Rio Grande da Serra.

Todo este cenário fez quatro das sete cidades decretarem estado de calamidade pública: São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Já as outras três, Santo André, São Bernardo e Rio Grande da Serra, decretaram emergência. Tais condições auxiliam para liberação de recursos e para desburocratizar procedimentos, como licitações – por exemplo.

O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), afirmou em vídeo publicado que o município aguarda os resultados da vítima que morreu por suspeita de Covid-19. “Foi realizada coleta para exames laboratoriais que serão processados no Instituto Adolfo Lutz”, afirmou o político, que indicou um segundo suspeito na cidade. “Temos mais um caso informalmente comunicado pelo próprio infectado, também da área central da cidade. Porém, os boletins epidemiológicos seguem as normas do Ministério da Saúde e só podemos realizar a comunicação oficial após o cumprimento do fluxo definido”, revelou o prefeito, que explicou para os munícipes uma adaptação nos exames realizados nas unidades de saúde. “Desde sexta-feira a investigação laboratorial para a Covid-19 só está sendo realizada para pacientes internados (em estado) graves.”

“As medidas restritivas do governador (João Doria-PSDB) são as nossas, acrescidas dos restaurantes. É muito importante. Todo poder de fiscalização é transferido aos municípios com autoridade sanitária. Vamos exercer. Tenho muitos amigos proprietários de pequenos estabelecimentos. Mas não existirão amigos ou conhecidos que terão qualquer forma de atenuação da nossa fiscalização. A partir da 0h, vamos fechar do ponto de vista sanitário, qualquer estabelecimento que estiver fora do enquadrado pelo nosso decreto de calamidade pública. Não toleraremos sequer reunião, festa de aniversário, casamento, baile funk, rave. Estamos vivendo a maior epidemia do mundo contemporâneo”, alertou o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB).

BALANÇO
O País alcançou ontem 34 mortes pelo novo coronavírus, sendo 30 em São Paulo e quatro no Rio de Janeiro – a mais nova entre as vítimas era um homem com comorbidade (doença prévia), tinha 33 anos e era da Capital paulista. Os casos confirmados aumentaram 22% com relação aos dados divulgados anteontem, chegando a 1.891, segundo balanço do Ministério da Saúde.

Todos os Estados já tiveram pacientes que testaram positivo para Covid-19, sendo que São Paulo lidera o ranking de confirmações, com 745 casos, seguido por Rio de Janeiro (233), Minas Gerais (128) e Ceará (112). O Distrito Federal teve ainda 133 registros. “Atualmente, todos os Estados do País registram casos da doença, mas nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. A região Norte, por exemplo, tem 3,1% do total de registros do Brasil. Na outra ponta, a região Sudeste representa o maior percentual, na ordem de 60%”, informou o Ministério da Saúde. 




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