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Trânsito é um problema sério em níveis nacional e mundial. No mundo morrem anualmente cerca de 1,2 milhão de pessoas e no Brasil mais de 30 mil

Cristina Baddini
26/12/2008 | 00:00
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Trânsito é um problema sério em níveis nacional e mundial. No mundo morrem anualmente cerca de 1,2 milhão de pessoas e no Brasil mais de 30 mil. Para quem realiza suas viagens urbanas na motocicleta, o risco de se envolver em um acidente é três vezes maior que andar de carro. O risco de se ferir é 15 vezes maior e o de morrer 28 vezes mais. E isso não está muito diferente em países desenvolvidos.

Lançamento de livro
Antonio Ferraz lançou um livro sobre segurança no trânsito. Doutor em Engenharia de Transportes e professor da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos, a obra foi escrita com a co-autoria de Archimedes Raia Júnior e Barbara Bezerra. O livro é voltado especialmente a estudantes e profissionais que atuam na área e aborda o tema de forma científica e multidisciplinar. Na USP-São Carlos existe um núcleo de pesquisas voltado ao trânsito, no qual são feitos estudos e intercâmbios e Ferraz pensou na importância de compartilhar esse conhecimento por um livro. A obra tem 16 capítulos bem abrangentes e ainda busca ser um guia prático e também delinear caminhos.

Causas dos acidentes
Fora as altas velocidades, os três principais fatores que provocam e agravam um acidente são o veículo inadequado, como a moto; a questão do álcool e o motorista inexperiente. A Lei Seca tem dado resultados melhores nas cidades onde está havendo mais fiscalização. Não basta apenas a lei se não houver o controle e a punição. Quanto à experiência, aumenta-se o risco de colisão quando um motorista que acaba de tirar a carteira de motorista pega uma rodovia.

É preciso recursos
Do total arrecadado com multas de trânsito, 5% vão para o Funset (Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito). Entretanto, de 2003 a 2007, apenas cerca de 20% foram aplicados na educação do trânsito. Viabilizar e aplicar mais recursos na redução da acidentalidade é essencial no aperfeiçoamento da gestão de trânsito do Brasil.

Política pública adequada
Defendo que uma política adequada de segurança deve buscar reduzir a exposição ao risco, a quantidade e a severidade dos acidentes e os danos às vítimas. Muitas são as medidas que diminuem a exposição ao risco. Eu diria que hoje, no Brasil, o principal seria tentar reduzir a viagem por motocicleta, conseguindo que o cidadão passe a usar o transporte coletivo.

Alerta aos novos prefeitos
Administradores públicos treinados nas melhores escolas do Brasil e até no Exterior são sistematicamente preteridos para cargos de confiança e postos de comando no trânsito, onde o apadrinhamento e os conchavos políticos predominam em detrimento de indicações técnicas mais adequadas e coerentes. Não façam isto.

O que o Consórcio pode fazer
É de se esperar que os próximos prefeitos do Grande ABC se unam para efetivamente contribuir com a diminuição dos efeitos nocivos do trânsito. Espero que o Consórcio seja um viabilizador de ações conjuntas para a segurança no trânsito.

Cuidado ao volante rende vantagens
Seguradoras criam produtos especialmente para o público feminino. O interesse das empresas tem como base o comportamento da mulher ao volante. Elas são mais prudentes e se envolvem menos em acidentes. A maioria das seguradoras coloca à disposição um profissional para trocar o pneu do carro.




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