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Rapaz é acusado de matar a mãe em Sto.André
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
20/08/2004 | 14:05
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Alessandro Costa Ramos, 23 anos, é acusado de ter matado nesta quinta com uma tesoura a própria mãe adotiva, a aposentada Glória Florêncio, 76 anos, na casa em que moravam, na rua Dinamarca, no Parque das Nações, em Santo André. Ela foi morta com uma tesourada na boca. Segundo a polícia, ele confessou o crime e foi preso.

O crime aconteceu por volta das 13h30. Poucos minutos antes de a mulher morrer, a sua vizinha, Sônia Aparecida Mariano, 46 anos, foi à casa da amiga. Quando chegou, viu a aposentada deitada no chão da sala. Em cima dela, o filho Ramos, com quem morava.

"Pensei que ela tinha desmaiado e que o filho estava tentando socorrê-la. Só depois, mais tarde quando soube do crime, me dei conta que ele tentava enforcá-la", afirmou Sônia. "Eu pedi que ele pegasse álcool para acordar a Glória. Ele trouxe e jogou dentro da boca dela. Falei que não era assim que ela acordaria. Botei a tampa do líquido em seu nariz e a Glória despertou", acrescentou Sônia.

A dona de casa disse ter telefonado para o Corpo de Bombeiros e pedido uma ambulância para socorrer a amiga. "Como eu pensei que Ramos estava cuidando dela, fui embora para a casa", disse Sônia.

Logo após sua saída, Ramos teria pego uma tesoura e enfiado na boca da mãe. "Ele me telefonou e disse que um homem negro tinha invadido a casa e matado nossa mãe. Já desconfiei dele e chamei a polícia", afirmou o irmão de Ramos, o comerciante Mário Emerenciano Filho, 41 anos.

Quando a polícia chegou na casa, Ramos confessou a autoria do crime. "Ele é viciado há vários anos. Já passou por diversas clínicas de recuperação e fugiu de algumas delas. Eu avisei diversas vezes minha mãe sobre o perigo de morar sozinha com ele. Ela tinha esperança que ele se recuperasse", disse Filho. Apesar dos alertas, Filho disse que o irmão nunca havia agredido a mãe.

De acordo com a polícia, o motivo do assassinato seria uma discussão em que a mãe e o filho tiveram em razão do vício do rapaz. Segundo o irmão, essas discussões eram comuns entre os dois. O delegado Adilson de Lima, da Delegacia de Homicídios de Santo André que acompanha o caso, disse que Ramos aparentava estar sob efeito de drogas no momento em que foi preso.

O delegado Márcio Nobuyoshi Nosse, que registrou a ocorrência no 2º DP, pediu exame toxicológico em Ramos para constatar se realmente ele estava drogado na hora em que cometeu o assassinato. O resultado sai em um mês.




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