Com novas pistolas, efetivo passará por adaptação extra nesse ano
A PM (Polícia Militar) do Grande ABC está passando por adaptação intensiva durante esta semana para pôr em uso as pistolas da marca austríaca Glock, que foram recebidas em todo o Estado e substituirão as armas de fogo da marca Taurus, usadas até então pela corporação. No entanto, quem vê os agentes atuando nas ruas não imagina como é a preparação feita para que ele possam, de fato, estar em campo.
A equipe do Diário acompanhou um dia de treinamento dos policiais militares, em estande localizado no Jardim Santo André, no município andreense. O espaço, que conta com cerca de 1.300 metros quadrados, divididos em dois ambientes – um de treinamento de tiros e outro que simula cenário de atuação –, recebe policiais para estágio de atualização profissional ao longo de todo o ano. Como o Grande ABC conta atualmente com cerca de 3.200 agentes no efetivo, as escalas reúnem em torno de 25 policiais por dia de treino, que chega a levar até 15 horas.
Comandante do CPAM/6 (Comando de Policiamento de Área Metropolitana 6) – que responde pelo Grande ABC –, o coronel Renato Nery Machado explicou que, no mínimo, uma vez por ano o policial militar sai da atividade operacional para treinamento. “Em alguns casos podemos até mesmo agendar estes intensivos intermediários ao longo do ano, tanto técnico, como de legislação, tiro e rigidez física”, sintetizou o comandante.
Durante o treinamento de técnica de tiro, o policial passa por diversas etapas, que vão desde o disparo simples até os mais elaborados. Na sequência, em ambiente que simula uma cena de crime, a dupla que trabalha junta nas ruas é submetida a atuar em situação que procura estimular a mesma adrenalina sentida em ocorrência, utilizando sons de fundo, imagens de alvos, vítimas, obstáculos e até mesmo a pressão dos instrutores. “Forçamos o policial a tomar uma decisão rápida e precisa durante a estimulação de uma situação que pode ser real”, explicou o coronel, destacando que o objetivo é sempre cessar a agressão do oponente, utilizando o método Giraldi, que utiliza o tiro defensivo na preservação da vida.
O comandante explicou que a arma de fogo é, normalmente, o último recurso que deve ser utilizado pelo agente policial, mas para que estejam preparados para enfrentar a criminalidade, a preparação busca ser severa. Desta vez, a adaptação com as pistolas Glocks tem objetivo de o policial se familiarizar com a nova arma, que é vista por eles como um marco para a segurança pública do Estado.
“Destaco dois aspectos importantes, sendo o primeiro deles a segurança do policial militar, tendo em vista a tecnologia da Glock. Além disso, ofertar o melhor serviço possível para a comunidade”, comemorou o comandante Nery, reforçando que insiste “muito em treinamento” para o sucesso da corporação, sobretudo em usar o poder dado a eles pelo Estado “da melhor forma e mais correta possível”, afirmou o chefe do CPA/M.
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