Em assembleia na sede do Sindema, funcionalismo adere à paralisação parcial no dia 10
Os servidores de Diadema decidiram ontem que vão cruzar os braços por meio período no dia 10. Em assembleia no Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), o funcionalismo votou pela paralisação parcial dos trabalhos, a partir da hora do almoço, pelo não pagamento da segunda fração do reajuste de 7,89% nos salários.
Os servidores chegaram a cogitar parar os trabalhos durante todo o expediente, mas voltaram atrás com receio de que a paralisação pudesse não ser aderida em massa pela categoria. O funcionalismo reclama que Lauro não cumpriu o acordo, celebrado em abril e que sentenciou o fim da greve que durou 13 dias. Alegando queda na arrecadação e que está próximo do limite de 54% de gastos com pessoal estipulado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), Lauro não depositou as duas primeiras parcelas de 1,39% (julho e novembro), acordadas com o sindicato. O Sindema, porém, sustenta que dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado) mostram que as despesas do governo com a folha de pagamento são de 50,70% e que há condições para oferecer o reajuste.
Lauro se comprometeu a pagar os 7,89% de aumento ao funcionalismo, sendo 3,49% pagos em três vezes: 1% em abril e o restante em setembro e em dezembro. A reposição dos 4,42% restantes foi condicionada à melhoria na receita e seria quitada também em três parcelas de 1,39% (julho, novembro e dezembro). O verde já anunciou que não pagará essa segunda fração porque a arrecadação, segundo ele, não registrou melhora.
O presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno, declarou que a entidade entrará na Justiça para que o governo cumpra a lei municipal aprovada em abril durante o acordo. “Na legislação está claro que, se a Prefeitura não atingiu o limite da LRF, tem de aplicar a diferença como reajuste”, destacou.
Lauro reafirmou que o Paço está à beira de estourar o limite da LRF e voltou a classificar a posição do Sindema como “política”. O verde avisou que descontará as horas dos servidores que aderirem à paralisação. “Não sei em que País que o Sindema está vivendo. Aliás, eu sei. É o do PT, porque são todos filiados a esse partido. Estão vendo que estamos fazendo obras, estamos tendo avanços e precisam fazer algo para conturbar nosso governo”, disparou o prefeito.
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