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Vanessa diz que Donisete quer campanha de baixaria

Para candidata do PMDB em Mauá, petista aposentou Oswaldo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
05/07/2012 | 07:52
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Alvo principal das críticas do candidato do PT à Prefeitura de Mauá, Donisete Braga, em sua convenção, a parlamentar Vanessa Damo, postulante ao Paço pelo PMDB, criticou a postura do adversário. "Ele quer trazer a campanha para o ódio, levar para a baixaria. Não traz proposta e quer levar o processo para ataques pessoais. Vai promover a campanha raivosa que o PT sempre fez", disse a peemedebista.

Na convenção de sábado, quando foi homologado como candidato do PT à sucessão de Oswaldo Dias (PT), Donisete fez discurso para atrelar Vanessa à imagem de seu pai, o ex-prefeito Leonel Damo (PMDB). Afirmou carregar o DNA de seus pais e da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disse, ainda, que não seria "marionete" na eleição, em referência à participação de Damo no projeto da filha.

"Ele fez discursos machistas, dizendo que seria marionete, como se as mulheres não tivessem capacidade de governar. Estamos em novo momento, em que as mulheres ocupam cargos expressivos e uma delas (Dilma) é presidente do Brasil. A presidente, inclusive, é do mesmo partido dele (PT)", rebateu Vanessa.

A peemedebista também criticou as frases do atual vice-prefeito, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT), que durante o evento de sábado insinuou que Vanessa aposentou o próprio pai. Damo estava inscrito como pré-candidato a vereador pelo PMDB, mas optou por se ausentar da disputa eleitoral.

"Não aposentamos o Leonel. Ele preferiu deixar a política. Diferentemente do que foi feito no PT. O Donisete aposentou o Oswaldo ao aplicar um golpe na candidatura à reeleição. Acharam uma saída para o Oswaldo, mas não disfarçaram o golpe dado", avaliou Vanessa, ao comentar a troca na cabeça da chapa petista.

Ao lado de Paulo Eugenio, Donisete assumiu o protagonismo da campanha e provocou racha no PT de Mauá. Dias depois, Oswaldo foi condenado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) devido à exposição Túnel do Tempo, de 2004, e ficou inelegível. Apesar da condenação, o prefeito lançou candidato próprio à sucessão: Hélcio Silva, seu secretário de Obras. O clima só foi amenizado com acordo entre os dois grupos, com Donisete candidato a prefeito e Hélcio compondo a dobrada. "Essa união no PT é fajuta. E não precisei dar golpe em ninguém para ser candidata. Respeito meu partido e os aliados, algo que não parece a prática deles (PT)", opinou a parlamentar.

Segundo Vanessa, o mote de campanha adotado por Donisete, de continuidade com renovação, mostra que o petista não tem como se desvincular da administração de Oswaldo que, para ela, não conta com apoio popular. "Ele vai partir para ataques pessoais, à família, porque não quer encarar a comparação entre candidatos. Por que não fala sobre os projetos encaminhados para Mauá entre os dois deputados?", sugeriu a peemedebista.




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