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Não tem tu, vai de placa mesmo...

Em tempos de eleição, é cada vez mais comum ver candidatos a deputado estadual e federal colarem suas imagens nos que disputam cargos majoritários

Do Diário do Grande ABC
27/08/2010 | 00:00
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Em tempos de eleição, é cada vez mais comum ver candidatos a deputado estadual e federal colarem suas imagens nos que disputam cargos majoritários, como governador e presidente. É só eles terem acesso às agendas dos políticos e lá estão eles, formando um pelotão de militantes que muitas vezes mais atrapalha do que ajuda.

Não há um lugar em que estejam o presidenciável José Serra e o governável Geraldo Alckmin que eles não estejam. Mas ontem o deputado estadual Orlando Morando (PSDB-São Bernardo), que tenta a reeleição, se superou. O tucano, que não perde a chance de aparecer em fotos ao lado dos candidatos, inovou. Como não pôde acompanhar Alckmin, que visitou Cubatão - o deputado estava em Ribeirão Preto -, Orlando mandou cabos eleitorais com placas que tinham suas imagens para aparecer ao lado do candidato ao governo. Sabe como é, né? Em campanha, político tem de fazer tudo, até estar em dois lugares ao mesmo tempo...

Compasso errado
Parece que tem candidato que faltou às aulas de aritmética quando ainda estava na escola. O caso mais clássico da eleição deste ano é o presidente estadual do PTC Ciro Moura, que visa cadeira no Senado. Para não perder a chance de brincar com seu número, que é 360, o político usa como slogan de campanha "mudança 360º". Na TV, no pouco que aparece - para não afugentar os eleitores que o confundem com Ciro Gomes - fala que só assim haverá mudança. Mas alguém precisa urgentemente dizer para ele que giro de 360º significar voltar para o mesmo lugar...

E agora?
Entre os candidatos a deputado federal pelo PP, por mais que não admitam publicamente, o desânimo é geral. Eles não contavam que o deputado federal Paulo Maluf, que tenta a reeleição, iria ter o registro de candidatura indeferido pelo TRE-SP por conta da Lei da Ficha Limpa, apesar das inúmeras acusações contra o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo. Sem um puxador de votos, a chance de a legenda fazer um parlamentar no Estado passa a ser quase nula. Para eles, resta torcer para o TSE mudar a decisão e liberar Maluf. Caso contrário, alguns já falam em tempo perdido.

Lembra de mim?
O deputado federal José Genoino (PT), que tenta a reeleição, enviou carta aberta aos militantes petistas, em uma espécie de prestação de contas do mandato e mais uma oportunidade para tentar se defender do escândalo do Mensalão, em 2005, quando à epoca, era presidente nacional do partido e saiu chamuscado do episódio. No documento, ele trata o período como "crise de 2005". Também diz que não esteve envolvido no caso do "dólar na cueca". Mas um fato ele não teve como fugir: admitir que o PT fez, sim, Caixa 2, o que ele chama de "não registrar parte dos recursos destinados à campanha de 2004".




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