As duas interrupções de fornecimento de energia, durante a sessão de terça-feira, parecem ter influenciado o trabalho dos vereadores em Mauá. Enquanto discursava, Alberto Betão Pereira Justino (PSB), teve de ser interrompido por causa do corte de luz na Casa. E, apesar do pedido da população para que prosseguisse, mesmo sem microfone, ele não fez questão nenhuma de seguir com a fala. Talvez o motivo seja o fato de que não tinha muito o que falar, principalmente para explicar a baixa produtividade dos parlamentares. Na sessão, não havia sequer um projeto a ser votado. O trabalho - retomado após o restabelecimento de energia - resumiu-se a votações de requerimentos. Não havia sequer um projeto de lei do Executivo, que também anda em marcha lenta no que se refere a propostas enviadas aos vereadores. Com esse ritmo lento de trabalho, era melhor que a Câmara tivesse permanecido no escuro.

Bastidores

Telespectadora
O vereador de São Bernardo Admir Ferro (PSDB) acusou a secretária de Saúde de São Bernardo, Cleuza Repulho, de tentar manipular perguntas em um programa de entrevistas de que ela participou, ontem à tarde. Ferro afirmou que Maila Aparecida Ferreira Borges, diretora do Departamento de Ações Educacionais e Therezinha Tadeu Pires, diretora do Departamento de Apoio à Educação, enviaram e-mails ao programa. Fica só um questionamento: elas ficaram assistindo TV e mandando perguntas em horário de expediente?

Dama de ferro
Mulher de um presidente da Câmara da região está sofrendo da síndrome do poder. Nos bastidores do Legislativo, comenta-se que é ela quem dá as cartas e fala o que o marido deve fazer. Caso semelhante ao que acontece em uma prefeitura, onde a primeira-dama às vezes pensa que foi eleita para o cargo de comandante do Executivo.

Esquisito
Um leitor desta coluna contou algo e mandou um registro de uma cena curiosa que ele presenciou. Um carro, da marca Palio, trafegava pelas proximidades do Paço de São Bernardo, durante a tarde, com adesivo da administração, da área de iluminação. O estranho é que, no momento em que entrou no estacionamento da Prefeitura, o motorista tirou os adesivos e guardou no porta-malas, como se estivesse querendo esconder algo. Bem difícil de entender.