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Deputados discutem criação de CPI
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
24/08/2001 | 00:46
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Os representantes da SQG Empreendimentos e Construções, da Cofap, da Construtora Soma, da Paulicoop, o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, e o diretor-geral da Cetesb, Dráusio Barreto, não compareceram à audiência pública realizada nesta quinta pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa para discutir a contaminação do Residencial Barão de Mauá. Os deputados estaduais Wagner Lino (PT), Jorge Caruso (PMDB), Donizeti Garcia (PT) e Rodolfo Costa e Silva (PSDB) discutiram a criação de uma ou mais CPIs que avaliem a situação de outras áreas contaminadas no Estado, o caso específico de Mauá e a atuação da Cetesb.

O gerente da coordenadoria em gestão de áreas contaminadas da Cetesb, Eduardo Serpa, compareceu à audiência e defendeu a companhia dizendo que as multas aplicadas à Cofap e ao lixão do Alonso não eram referentes a lixo tóxico, e portanto, a Cetesb não teria culpa. “A Cetesb está cumprindo seu papel. O risco ainda não foi totalmente quantificado para saber se há problema em manter os moradores no residencial.” 

O deputado Wagner Lino apresentou uma lista com 86 áreas que estariam contaminadas no Estado, entre elas, três no Grande ABC: a Solvay Indupa do Brasil e um terreno na Vila Camilópolis, ambas em Santo André; e o espaço das Indústrias Matarazzo — onde acontece uma vez por ano a Festa Italiana —, em São Caetano. “Mesmo que as pessoas não tenham sido contaminadas, elas já tiveram um grande prejuízo”, afirmou Lino.

O Diário procurou os deputados estaduais do Grande ABC para opinar sobre o caso da contaminação. Apenas os deputados José Augusto (PPS), Ramiro Meves (PL) e Marquinhos Tortorello (PPS) não retornaram aos recados deixados pessoalmente em seus gabinetes.  “O momento é de esperar que os responsáveis sejam punidos”, disse Donizeti. O deputado Newton Brandão (PTB) afirmou que acompanha o caso “de longe”. “Estou afastado para que não me acusem de usar uma tragédia para me promover.”

O deputado petista Wanderlei Siraque disse que tem interesse direto na história. “Além do meu comprometimento por ser deputado, dois irmãos meus moram no residencial.” “Acompanho o desenrolar de longe, mas apoio a CPI. Todos os culpados devem ser responsabilizados, inclusive, o governo estadual, a Prefeitura, que permitiu a construção, a construtora, e até o atual prefeito Oswaldo Dias, porque é impossível que ele não saiba de nada há cinco anos no poder”, disse Daniel Marins (PPB).




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