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Ramalho confirma possível retorno

Com história no Santo André, volante deixa no ar acerto
para defender time na Série C do Campeonato Brasileiro

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
13/02/2012 | 07:00
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Nos melhores momentos do Santo André do início a meados da década de 2000 Ramalho esteve presente, fato que o torna um dos ídolos recentes da história do clube. Hoje, ele treina com o elenco, mas por questões extra-campo não acertou ainda para defender o time, o que pode acontecer, segundo o próprio, para o Campeonato Brasileiro da Série C.

Aos 30 anos, diz que ainda tem pelo menos mais seis temporadas pela frente e, sem jogar desde o ano passado quando lesão no tendão de Aquiles o afastou do Atlético Goianiense, estuda propostas, mas vê com bons olhos o retorno para sua segunda casa, o Bruno Daniel, e disputar o Nacional.

"Pode ser, quem sabe? A Série C esse ano vai ser importante, 18 jogos, calendário até o fim do ano. Teremos algumas conversas e tudo é possível", afirmou Ramalho, que explicou o motivo de não ter acertado no fim do ano passado para integrar o elenco da Série A-2 do Paulista. "Houve conversa no início de dezembro e mandei aguardar porque tinha outra situação. Mas não deu certo e perdi o time, porque tentei conversar novamente e a situação se reverteu", explicou.

Hoje, enquanto mantém a forma no Bruno Daniel com o elenco do Santo André e sob os cuidados do staff andreense, espera por propostas, mas tem prioridades. "Chegam sondagens, é normal. Algumas escolho, mas depende do lugar. Meus filhos (dois) estão estudando em Santo André e minha prioridade é ficar em São Paulo nesse semestre. Seria o ideal. Ficar cinco ou seis meses em um lugar, depois mais cinco ou seis em outro é complicado, eles não têm tempo para se adaptar à escola", disse.

A identificação com o Santo André vai além do nome e se intensifica em razão da gratidão que demonstra pelo clube, no qual tem história vitoriosa. "Foi o time que me buscou na várzea, deu oportunidade de disputar a primeira Libertadores da história do clube, ganhar a Copa do Brasil, que muitos clubes grandes não têm, conquistar acessos, títulos na base nos Jogos Regionais e Abertos, enfim, tudo de bom que viveu recentemente eu participei. Tenho que agradecer e muito", disse Ramalho, que entre idas e vindas tem dez anos de clube.

E em razão de tudo isso, lamenta a fase pela qual o time passa nos últimos anos. "Fico triste. Clube de tradição estar na Segunda Divisão do Paulista, Terceira do Brasileiro, mas com a chegada do Sérgio do Prado e fazendo essa boa campanha, a tendência é subir. O Santo André tem que estar no lugar dele, que é a Primeira do Paulista e, no mínimo, a Segunda do Brasileiro."


Jogador garante fôlego para mais seis temporadas

Ramalho tem 30 anos e currículo vasto. Depois do Santo André passou pelo futebol israelense, São Paulo, Goiás e Atlético Goianiense. Com tanta experiência, diz ainda ter vigor suficiente para mais alguns anos na ativa. "Espero jogar mais cinco ou seis anos. Pela cabeça é possível, se o corpo deixar... Não vou ser daqueles que para e fica sentido, frustrado e triste. Quando acontecer será tranquilo, terei mais tempo com a família", disse.

Se pintar oportunidade para jogar em breve, se diz preparado. "Fiz pré-temporada boa. Não tenho participado de coletivos e jogos treino, mas me sinto bem nos treinamentos, fisicamente estou bem preparado e o que pode faltar é ritmo", afirmou. "Quem tem qualidade, terá sempre."

Uma das portas que pode se abrir é novamente em Goiânia, no terceiro clube local. "Pode ser que de repente pinte oportunidade no Vila Nova, mas não tem nada concreto, é sondagem, possibilidade. Falei com o Júlio (César, goleiro) que está lá, conheço bem a cidade, é um clube de tradição, torcida fanática. Quem sabe?", concluiu Ramalho.


Rotta aponta necessidade de trazer meia-armador

O técnico Rotta, do Santo André, revelou após a derrota de anteontem para o Atlético Sorocaba a necessidade da contratação de mais um meia, por conta das contusões de Rodrigo e Djalma, únicos armadores da equipe. Afinal, ainda não há previsão para o retorno da dupla aos gramados.

O treinador disse já ter conversado com a diretoria do Ramalhão sobre a possível chegada de mais um atleta para o setor. "O campeonato é longo e não temos outro jogador para a posição."

Um dos problemas do time no confronto com o Atlético Sorocaba foi justamente a falta de criação no meio-campo. A equipe teve dificuldades para sair ao ataque e em algumas jogadas fez a ligação direta. Assim, errou passes e facilitou a vida do adversário.

Na partida diante da equipe do Interior, o Santo André teve seis desfalques e somente amanhã Rotta saberá com quem poderá contar no jogo com o Noroeste, em Bauru, quarta-feira. Marco Borba




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