A Prefeitura de Ribeirão Pires cobra dívida do ex-chefe de gabinete da administração de São Caetano Antônio de Pádua Tortorello por calote no pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de um imóvel que ele possui no bairro Quarta Divisão.
Ação de execução fiscal, aliás, foi ajuizada no dia 6 de dezembro e está na mesa da juíza Tarsila Machado de Sá Junqueira. O valor do passivo é de R$ 3.915,78, quantia corrigida por juros e multas.
O Diário teve acesso ao processo e a quantia é referente ao calote no pagamento do IPTU do ano de 2016. À ocasião, a administração municipal cobrou R$ 2.284,83 de imposto, valor esse que poderia ser quitado em até dez vezes – parcela de R$ 228,48. Nenhuma delas foi paga por Pádua.
Pela falta de pagamento, a Prefeitura de Ribeirão aplicou multa de R$ 260,20 e acresceu R$ 1.053,75 de juros e R$ 317 de correção.
Pádua possui um imóvel em seu nome na Rua Suenari Kajiya, uma pequena via na saída da Estrada de Sapopemba, em Ribeirão.
Ele foi citado formalmente, em 6 de dezembro, a honrar com os compromissos junto ao Paço de Ribeirão Pires. Tinha cinco dias para regularizar a situação. Não fez. Atualmente está inscrito na lista de dívida ativa do município.
Ao Diário, Pádua não quis explicar a situação. Declarou apenas que era um caso de foro íntimo e que o jornal “não tinha de se meter com isso”. Na sequência, desligou o telefone abruptamente ao ser questionado se irá pagar o passivo.
Pádua é irmão de Luiz Olinto Tortorello, que foi três vezes prefeito de São Caetano (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2004) e morreu em dezembro do último ano de seu mandato.
Nos governos do irmão, Pádua exerceu função de chefe de gabinete. Foi à frente desse posto que ele foi denunciado pelo Ministério Público de liderar esquema de cobrança de propina e direcionamento de licitações de obras públicas.
Ele chegou a ser condenado em um dos processos que se desmembraram do caso Cressoni – o empresário Antônio José Cressoni denunciou as irregularidades sobre contratos públicos.
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