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Mauá reajusta tarifas de conta de água e esgoto
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
04/12/2010 | 07:39
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O ano de 2011 começará com aumento nas tarifas de água e esgoto em Mauá. O prefeito Oswaldo Dias (PT) assinou no dia 30 decreto que autoriza os reajustes. Os novos valores serão cobrados a partir de 1º de janeiro. Cerca de 30% do esgoto produzido pela cidade corre a céu aberto.

O último aumento havia sido aplicado em setembro de 2009. No decreto, o prefeito defende que o aumento é "imprescindível", "considerando a necessidade da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro para prestação dos serviços de fornecimento de água e esgoto". Outro motivo para a alta é a diminuição na capacidade de investimento para o setor, "fator essencial para manter e aperfeiçoar o atual padrão de qualidade", segundo o documento.

As tarifas de esgoto sofrerão os maiores reajustes. Em residências cujo consumo de água é inferior a dez metros cúbicos, o valor do esgoto cobrado por unidade passou de R$ 8,99 para R$ 12,38 - aumento de 37,7%. A água, que custava R$ 11,23 por metro cúbico, teve o valor equiparado com o do esgoto, o que representa aumento de 10,2%.

Em unidades comerciais, o aumento máximo é de 22,1%, em locais cujo consumo de água varia entre 21 e 50 metros cúbicos. Nos comércios, a Prefeitura equiparou os valores da água e do esgoto em todas as faixas de cobrança.

A administração foi procurada para comentar o aumento e explicar os critérios que a fizeram definir as taxas de reajuste. O superintendente do Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Diniz Lopes (PR), não quis falar sobre o assunto, afirmando que o reajuste é definido pela Prefeitura, e não pela autarquia.

O vereador oposicionista Manoel Lopes (DEM) afirma que o prefeito está "tirando sarro" da população. "O presente de aniversário do Oswaldo é um aumento nas tarifas", provocou. Lopes, que é irmão de Diniz, criticou a equiparação nas tarifas de água e esgoto, e afirmou que pesquisará as leis municipais para saber se há inconstitucionalidade.

O líder da bancada governista na Câmara, Rômulo Fernandes (PT), e o presidente da Casa, Rogério Santana (PT), foram procurados, mas não retornaram à reportagem.




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