Documentação de grupo integrado por três empresas vai passar por análise de áreas técnicas
O Consórcio Nova Ceasa ABC, formado por três empresas, duas do setor de alimentação e uma incorporadora foi o único a apresentar proposta para executar o projeto de modernização e ampliação da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) durante pregão realizado ontem. A documentação do grupo passará por análise de área técnica, com perspectiva de conclusão até o fim da próxima semana.
“Nossa expectativa era a de apresentar a empresa vencedora nesta quinta-feira (ontem), mas, como se trata de um consórcio, o volume de documentação fez com que adiássemos o processo sine die (expressão em latim utilizada quando não se tem data para a retomada), até que concluíssemos toda a análise”, declarou o superintendente da Craisa, Reinaldo Messias, para quem o serviço de aferição deve ser concluído em alguns dias. “Até o fim da semana que vem devemos adjudicar o resultado e assinar o contrato.”
Na proposta apresentada ontem, o Consórcio Nova Ceasa ABC se propõe a repassar à Craisa 3,5% do rendimento bruto mensal, a título de outorga, um ágio de 16,6% em relação ao mínimo estabelecido pelo edital, de 3%. A receita será destinada aos cofres municipais. Os nomes das integrantes do grupo, dos ramos de alimentação e incorporação imobiliária, não foram divulgados.
Se os documentos estiverem em ordem, as próximas etapas serão a divulgação do resultado e a assinatura do contrato. Segundo a Prefeitura, a interrupção para análise de documentos é praxe em pregões referentes a projetos de grande valor financeiro, e “se tornam mais necessários quando se trata de um consórcio, que concentra várias empresas com vasta documentação”. As obras de modernização e ampliação do empreendimento, localizado no bairro Santa Teresinha, em Santo André, devem começar em seis meses após a assinatura do contrato.
O vencedor do certame será responsável pela construção de mercado municipal, ampliação do número de boxes para comércio de hortifrúti, dos atuais 63 para 216, e incremento na quantidade de pedras – divisões de espaços delimitados no chão – de 81 para 132. Está prevista também a construção de mais um espaço, onde pode funcionar um shopping, centro comercial ou até mesmo outlet, a critério da empresa. São esperados investimento de R$ 200 milhões e geração de 5.000 empregos diretos e 15 mil indiretos.
“Tem uma fundamental importância para o desenvolvimento da cidade e da região porque a gente pode, com isso, se tornar uma alternativa à Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) dentro de todo esse imbróglio entre governo federal e governo do Estado”, afirmou o prefeito Paulo Serra (PSDB), referindo-se à mudança do entreposto da Vila Leopoldina, na Capital.
Messias assinalou que, inicialmente, o projeto deve aumentar a capacidade de abastecimento da Craisa. “Somente a Ceasa vende mensalmente R$ 22 milhões. A nossa estimativa é que, com o novo projeto, esse montante possa chegar a em torno de R$ 70 milhões mensais.” Com mais opções aos comerciantes, é esperado que o fluxo de 1 milhão de pessoas chegue a 4,5 milhões.
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