Pesquisa revela que, neste ano, aproximadamente 16,8 milhões de residências brasileiras deverão passar por reforma
Artigo
Pesquisa encomendada pelo Clube da Reforma ao Data Popular revela que, neste ano, aproximadamente 16,8 milhões de residências brasileiras deverão passar por reforma. O número confirma o potencial desse mercado e é coerente com a dimensão do segmento, estimado em 35% do PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil. A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que, nos últimos dez anos, a reforma passou a ter menos participação na renda das famílias. Em contrapartida, o Data Popular mostrou que 51% das 3.969 pessoas entrevistadas precisam reformar.
Essa defasagem não é apenas problema de mercado. A maior parte das habitações no Brasil foi construída sem a participação de construtora e sem incentivos de políticas públicas. Assim, muitas acabaram nascendo sem a qualidade necessária e passam constantemente por reparos. É por isso que um terço das famílias faz reformas para resolver problemas imediatos.
O setor de autogestão demanda R$ 32 bilhões de investimentos ao ano somente para manter o estoque habitacional brasileiro, estimado em 61 milhões de unidades. O principal programa do governo federal para Habitação, o Minha Casa, Minha Vida, contempla apenas novas unidades. O PAC Favela e as recentes medidas facilitadoras de crédito são iniciativas benéficas, mas não constituem ações pensadas para esse mercado. É preciso observar que a casa é ativo e necessita de investimentos para se manter valorizada.
Iniciativas para organização do setor estão sendo pensadas. O governo federal aprovou outras regras para financiamento de materiais de construção com recursos do FGTS (Fundo de Garantis do Tempo de Serviço). A cadeia produtiva que compõe esse segmento deve também desenvolver habilidades para melhorar a qualidade da oferta. A pesquisa evidencia a importância da mão de obra: o pequeno empreiteiro é importante no planejamento e na consultoria para a compra de materiais. Além disso, o mercado precisa incorporar especialistas, arquitetos e engenheiros para que projetos e processos sejam realizados com mais qualidade, gerando residências com vida útil maior.
As tarefas para mudar e fazer crescer o setor são imensas, assim como os benefícios potenciais para famílias, profissionais e empresas. Com mais facilidades e crédito, o consumidor se motiva a melhorar as condições de seus imóveis.
Valter Frigieri é diretor de mercado da Associação Brasileira de Cimento Portland.
Palavra do leitor
Charge
Muito esquisito o jogo de magrelas usado pelos sete prefeitos do Grande ABC. Na realidade quatro bicicletas unidas, duas a duas, e as duplas também presas, levando dirigentes nos canos, formando um só veículo de oito rodas, talvez para influenciá-los na possibilidade de ciclovias, que, aos poucos, conquistam espaços na região, quando cada um poderia ter a sua e até andando ao lado, motivando seus moradores a adotarem o costume. Quanto às fisionomias dos prefeitos, todas estranhando, exceto o homem da grana, que, por comandar o principal município, vai à frente, pedalando a corrente contínua. Que o mestre do traço (Seri) nos explique sua irreverente charge (Opinião, dia 1º).
Antônio Melo
Santo André
Agora concordo!
Concordo com o ex-prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior quando diz que em 100 dias não dá para ver e falar sobre o governo. Porém, não gostei de ter citado o discurso de Winston Churchill, que poderia dar ‘sangue, suor e lágrimas' ao povo (Política, dia 14). Paulo Pinheiro chorou no discurso de 100 dias de governo, mas disse que fará o máximo para dar o melhor governo a São Caetano, enquanto Auricchio acabou com a cidade. Não se pode trazer Auricchio para ser candidato a prefeito da cidade em 2016. O povo não é mais bobo e dirá isso nas urnas.
Fernando Zucatelli
São Caetano
Resposta
Em resposta à carta do leitor José Bueno de Lima (Mal-educados, dia 29), a Prefeitura de Santo André, por meio do Departamento de Segurança e Trânsito, informa que está prevista a implantação de faixa de pedestres no entroncamento das ruas Campos Sales e Brás Cubas para o próximo mês, incluindo a repintura das faixas de pedestres nos cruzamentos próximos ao local.
Prefeitura de Santo André
Tiro de Guerra
O meu filho está servindo o Tiro de Guerra em Santo André e parece-me que tem uma lei municipal impedindo que ele tenha direito ao acesso pela porta de trás dos ônibus, mesmo usando a farda em sua ida e vinda para a residência. Minha revolta é que, além de o governo não dar ajuda de custo ao atirador, ainda o responsável por ele tem de tirar do bolso para sustentá-lo no Exército.
Valmir Pedrão
Santo André
Se fosse aqui!
Como cidadão brasileiro comum, eu fico a imaginar se o atentado ocorrido em Boston, nos Estados Unidos, tivesse ocorrido em alguma cidade do País e os criminosos fossem presos. Se os envolvidos fossem di menor ou não, fatalmente estariam desfilando no Carnaval dos próximos três, quatro anos. Que justiça, hein?
Edgard Gobbi
Campinas (SP)
E os outros?
Temos visto neste espaço a indignação legítima de algumas pessoas frente aos gastos com estádios de futebol para atender às exigências da Fifa e outras confederações. É certo que o futebol é a paixão do brasileiro, mas e os outros esportes, como ficam? E nossos atletas paraolímpicos que trazem medalhas, mas não votos? A última piada da avalanche de dinheiro gasto sem justificativa vem da Caixa Econômica Federal: como pode banco estatal com finalidade social pretender gastar R$ 100 milhões patrocinando clubes de futebol? Esse dinheiro não poderia ser gasto construindo casas e escolas, melhorando a infraestrutura nacional, investindo na Saúde etc?
Manoel Henrique Almeida da Silva
Santo André
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