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Governo de SP garante fornecimento de água e gás à população de baixa renda até 31 de julho

Em coletiva, administração estadual também detalhou Plano São Paulo, que estabelece regras para flexibilização

Vanessa Soares
Do dgabc.com.br
03/06/2020 | 13:42
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Divulgação


 Em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quarta-feira (3) no Palácio dos Bandeirantes, o governador  de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a prorrogação até 31 de julho de medida que garante o fornecimento de água e gás e negocia energia elétrica pelo mesmo período a população de baixa renda, mesmo que estejam inadimplentes. Segundo o governador, medida está em vigor desde 31 de março e será mantida até 31 de julho, beneficiando 2 milhões de pessoas.

Além disso, o governo reforça a partir de hoje a importância do uso de máscaras. Segundo Doria o uso é obrigatório. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde, as máscaras reduzem a capacidade de transmissão do novo coronavírus e protege vidas.

O governador também reforçou que o estado permanece em quarentena até pelo menos dia 15 e que todos os esforços estão sendo adotados para que haja flexibilização das regras e retomada das atividades econômicas. Para isso, foram abertos diversos hospitais de campanha, com aumento de 60% da capacidade hospitalar no estado. “Se não tivéssemos adotado esse planejamento, estaríamos em colapso”, garantiu. Segundo ele, estudos apontam que medidas restritivas evitaram a contaminação de mais de 1 milhão de pessoas e 70 mil mortes. “Não são números, são vidas”, afirmou.

Foi ressaltado também que o Plano São Paulo, anunciado na semana passada e que estabelece regras para retomada da economia é de longo prazo e será colocado em prática de forma gradativa e faseada. “Se tivermos que dar um passo para trás para salvar vidas, será feito”, acrescentou Doria, que também explicou que o plano permite aos prefeitos, sob a supervisão do estado, adotarem medidas progressivas, sempre com base em indicadores de saúde. “Nenhum prefeito vai transformar a sua cidade em uma festa de abertura. Nós saberemos exigir isso de todos eles. Estamos seguros de que essa é a linha que todos estão obedecendo. O sucesso do Plano São Paulo depende de um esforço coletivo”, detalhou.

Foi esclarecido também que apenas a partir da fase 3 – amarela, existe a possibilidade de uma flexibilização de fato. Um município só poderá mudar de fase após 14 dias se manter indicadores estáveis. Da mesma forma, há chance de endurecimento das regras, caso haja uma piora nos índices. “Por isso a adoção de protocolos é tão importante. O compromisso de cada um ajudará a ter uma retomada bem-sucedida”.

Segundo Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Estadual, o acompanhamento dos municípios está sendo realizado de forma regionalizada. A Grande São Paulo, que inclui o Grande ABC, permanece na fase 1 – vermelha, mas com os índices avaliados nos últimos dias, segue tendência para avançar para fase 2 - laranja. As avaliações são realizadas semanalmente e uma nova será feita na terça-feira (9). Casos os indicadores se mantenham, o avanço de fase deve ser anunciado no dia 10.

De acordo com José Henrique Germann, secretário de Saúde, o estado tem hoje 123.483 casos confirmados. Deste montante, 7.432 pessoas estão internadas em leitos clínicos e 4.527 em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). 8.276 pacientes morreram em decorrência da doença. 23 mil pessoas tiveram alta hospitalar.




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