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Sto.André retira 191 famílias que viviam em áreas de risco

Imóveis foram interditados pela Defesa Civil em iniciativa que faz parte do Programa Operação Chuvas de Verão

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
18/02/2022 | 00:01
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Divulgação/ PMSA


A Defesa Civil de Santo André interditou 191 imóveis em locais com alto potencial de deslizamento de terra desde dezembro, quando teve início o POCV (Programa Operação Chuvas de Verão). As interdições ocorreram no Jardim Irene, Parque Miami, morro da Kibon, Jardim Santo André e Cata Preta.

Além das residências interditadas, outras 131 habitações precárias foram demolidas nestas áreas, eliminando o risco para essas pessoas. No total, 185 famílias estão recebendo benefício financeiro e alimentação com entrega de 500 cestas básicas do FSS (Fundo Social de Solidariedade) de Santo André.

O prefeito Paulo Serra (PSDB) participou ontem de reunião com as equipes que atuam no programa para realizar balanço das ações. “Estamos investindo em mais obras de drenagem, na equipe que realiza as limpezas, e todo aparato técnico e humano para impedir que as catástrofes aconteçam. Temos feito trabalho respeitando nossa gente e focado na preservação da vida”, destacou Paulo Serra.

O programa é coordenado pelo vice-prefeito Luiz Zacarias (PL), que explicou como o trabalho é realizado. “Temos mapeamento de todas as áreas de risco da cidade e vamos em casa por casa conversar com as famílias e explicar os riscos. Contamos com ajuda dos líderes comunitários porque nem sempre é fácil. Dos imóveis que visitamos, apenas cinco não aceitaram sair”, comenta. “Também tomamos cuidado para ocupar o espaço, fazer muro de arrimo na sequência para que o local não seja reocupado, porque, neste caso, não adiantaria nada todo nosso esforço”, completou Zacarias. 

Desde o início do POCV, em 1º de dezembro, a Defesa Civil recebeu 1.161 solicitações de vistoria. Foram mais de 600 toneladas de resíduos removidos dos viários, 4,4 toneladas de resíduos retirados de rios, córregos, bocas de lobo e limpeza geral durante o ano passado. Além disso, 65 famílias receberam assistência humanitária por conta de inundações. Foram doados 123 colchões e 86 cobertores. 

As famílias removidas recebem auxílio-aluguel de R$ 465 por mês, inicialmente durante seis meses. Esse período poderá ser estendido, a critério da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

O POCV busca minimizar os impactos das chuvas e foi formulado com base em análise de cenários de risco, no monitoramento de dados meteorológicos, hidrológicos e geológicos e na gestão de recursos, de forma articulada com a administração. “O trabalho é realizado de forma conjunta entre diversas secretarias e conta com o apoio da GCM (Guarda Civil Municipal) para alcançar as áreas de risco que mapeamos. Uma das próximas comunidades que devemos atuar é o Jardim Santo André”, projetou Zacarias.




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