O primeiro passo nessa direçao foi dado nesta terça-feira, quando o Tesouro vendeu R$ 500 milhoes de papéis prefixados com prazo de um ano. Esses títulos nao vinham sendo vendidos desde o início de maio. No leilao desta terça, o governo conseguiu vender integralmente o lote de R$ 500 milhoes a uma taxa média de 18 67%. O ágio em relaçao à taxa Selic, que foi fixada pelo Banco Central em 17,5% ao ano, foi considerado natural pelo secretário. "Vale mais a pena ao governo pagar um pouco mais para alongar a dívida do que deixar de vender esses papéis e além disso, a taxa do leilao nao ficou distante da curva de juros que vem sendo usada pelo mercado", explicou Sardenberg.
A decisao do Tesouro de oferecer mais títulos prefixados ao mercado teve como base o leilao de recompra desses papéis, que foi feita na segunda-feira. Sardenberg explicou que pequena oferta desses papéis no leilao, que comprou apenas 428 mil títulos, enquanto o Tesouro esperava uma demanda na casa de um milhao de títulos, mostra a disposiçao do mercado em comprar papéis prefixados. Isso se explica pela tendência de reduçao dos juros. Se o mercado comprar os papéis por uma determinada taxa e o BC reduzir os juros, o ganho para o investidor é automático.
Como o BC tem autorizaçao para reduzir a taxa Selic antes da próxima reuniao do Comitê de Política Monetária (Copom), a aquisiçao desses papéis parece ser vantajosa. "Isso mostra que o mercado está confortável com esses papéis, o que indica otimismo com relaçao à economia brasileira e à continuidade da reduçao nas taxas de juros", disse Sardemberg.
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