Um lixão vertical de quase 100 metros de altura vem causando transtorno para os moradores do bairro Ferrazópolis, em São Bernardo. Há cerca de dez anos, os primeiros detritos começaram a ser depositados no alto de um morro pelos próprios moradores da região. No local, hoje estão acumulados objetos velhos, entulho, restos de comida e pneus. Até uma geladeira já foi deixada no local. Quando chove, o lixo desliza do alto do morro direto para a calçada da rua Regente Lima e Silva, próximo da Escola Estadual André Ferreira. De acordo com os moradores, a montanha começou a se formar numa área da Eletropaulo e, hoje, está em local próximo, em terreno pertencente à Prefeitura.
"Qualquer dia desses, uma dessas pedras vai cair na cabeça de uma das quase mil crianças que estudam na escola. Alguma providência precisa ser tomada antes que o pior aconteça", avisa o segurança Milton Mistrau, 57 anos. Além do aspecto ruim da área, os moradores estão revoltados com o mau cheiro que o lixão exala. "Quando o dia está ensolarado, o cheiro fica insuportável. Ninguém consegue passar por perto", afirma o porteiro Francisco Luiz da Silva, 44.
Já a dona-de-casa Maria José Reis, 48 anos, apela para o bom senso dos próprios moradores. Para ela, boa parte das pessoas que vivem na região é responsável pelo crescimento do lixão clandestino. "As pessoas precisam ter mais consciência. Não adianta jogar lixo neste local, pois nós mesmos somos os maiores prejudicados. Toda a área fica desvalorizada. Quem vai querer morar ou comprar uma casa por aqui?", observa.
Histórico – O lixão do bairro Ferrazópolis surgiu há aproximadamente uma década no terreno de propriedade da Eletropaulo. Como a denúncia dos moradores, a empresa de energia elétrica limpou e depois cercou toda área, que fica embaixo das torres de transmissão. "Mas depois disso, os moradores voltaram a jogar lixo nessa área próxima, que é da Prefeitura", completa o autônomo Silvestre Teixeira da Silveira, 50.
A Prefeitura de São Bernardo informou que iria mandar, segunda-feira, uma equipe técnica para fazer vistoria no local. Segundo a administração, só depois dessa visita à área do lixão seria possível se manifestar sobre as reclamações dos moradores.
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