Comunidade judaica atua na fiscalização da democracia de todo território nacional
Defender os diretos fundamentais de cada cidadão com constante fiscalização de possíveis violações da democracia. Com essa proposta, foi criado, no fim de fevereiro, o primeiro Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil.
Com apoio de entidades semelhantes, grupo de intelectuais, jornalistas e ativistas tem empenhado esforços, junto a judeus, na articulação de projetos que visam preservar não apenas os direitos da comunidade como também da democracia do Brasil. “O observatório foi criado a partir dos conflitos causados durante a última campanha eleitoral, em 2018, cujas diversas ameaças aos direitos humanos e à democracia foram feitas, o que causou apreensão de brasileiros de origem judaica”, explica o jornalista Jayme Brener, integrante da coordenação do grupo.
Segundo ele, atendendo à necessidade de fiscalizar o andamento das ações do governo federal – comandado por Jair Bolsonaro (PSL) – e denunciar possíveis violações, o grupo tem empenhado esforços, dentro e fora do Brasil, para elaborar balanço sobre os 100 primeiros dias de gestão do presidente. A ideia é apresentar feedback sobre ações positivas e negativas da atuação de Bolsonaro em relação a quatro eixos de pesquisa: violência institucional e democracia, grupos vulneráveis, educação e meio ambiente. “Somos apartidários e queremos apontar possíveis caminhos ao governo para a defesa dos direitos fundamentais.”
Estima-se que a comunidade judaica no País seja formada por 120 mil pessoas, conforme a Conib (Confederação Israelita do Brasil). No entanto, segundo a coordenação do observatório, a atuação do grupo não será limitada apenas a judeus, mas se estenderá à sociedade brasileira como um todo. “Diversos setores da comunidade judaica têm mostrado interesse no trabalho desempenhado pelo observatório e preocupação com as ameaças de violação dos direitos humanos. Isso mostra o quão importante é este movimento”, destaca Brener.
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