Setecidades Titulo Até 2023
Ariel de Castro assume grupo Tortura Nunca Mais

Com atuação em São Bernardo, advogado é militante das causas de direitos humanos

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
07/07/2021 | 00:03
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reprodução/Instagram


Advogado e militante dos direitos humanos, Ariel de Castro Alves foi eleito presidente do grupo Tortura Nunca Mais, uma das instituições mais importantes no acompanhamento de causas humanistas do Brasil.

Nascido em Presidente Prudente, Alves cresceu e vive em São Bernardo, onde testemunhou a luta pelo fim da ditadura militar ao acompanhar movimentos sindicais que se articulavam na cidade. Como presidente do grupo – seu mandato será até 2023 –, o advogado pretende aproximar a instituição da região por meio do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

“É uma honra presidir uma das instituições mais importantes e que lutam pelos direitos humanos no País. Tem tradição nas lutas de cunho humanista e é das mais antigas. A instituição, desde o começo, defende a democracia”, declarou Alves.
O advogado foi eleito por consenso da assembleia da instituição dia 26 de junho, logo após ter sido convidado a concorrer pela ex-presidente e atual presidente de honra do grupo, a jornalista Rose Nogueira

Um dos objetivos do novo presidente é o de realizar aproximação com o Consórcio por meio do GT (Grupo de Trabalho) de direitos humanos que já atua na instituição regional. Alves pretende incluir as prefeituras nos debates que envolvem direitos humanos, principalmente na formação de agentes públicos que atuam na segurança pública, como GCMs (Guardas-Civis Municipais) e PMs (Policiais Militares).

O Tortura Nunca Mais foi formado em 1976, logo após a morte do jornalista Vladmir Herzog (1937-1975) e costumava ser presidido por ex-presos e perseguidos políticos durante a ditadura militar, que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Instituído como grupo em 1985, o Tortura Nunca Mais surgiu após o Projeto Brasil: Nunca Mais, que foi desenvolvido por dom Evaristo Arns, pelo rabino Henry Sobel e pelo pastor presbiteriano Jaime Wright. O grupo gerou importante documentação sobre as torturas realizadas pelo regime militar no País.  




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