O duelo inicial entre Corinthians e Ponte Preta de hoje reedita final histórica do Campeonato Paulista após 40 anos. Os alvinegros voltam a decidir título do Estadual e revivem o confronto épico de 1977, que tirou o Timão da fila – foram quase 23 anos de jejum. Assim como naquela polêmica partida de 13 de outubro, não há favoritismo. Enquanto o time de Parque São Jorge chega ao confronto com a melhor defesa, despachando o São Paulo, a Macaca, por sua vez, em grande campanha, aparece como azarão após deixar Santos e Palmeiras pelo caminho.

Aos 116 anos, a Ponte enfrenta pressão pela seca de títulos de expressão – foram oito vice. O clube campineiro tinha há quatro décadas o que era considerado o melhor plantel de sua trajetória, com Carlos, Jair Picerni, Oscar, Dicá e Rui Rei, pivô da polêmica no terceiro e decisivo jogo – nos dois primeiros, uma vitória para cada lado – contra o Corinthians, acusado de forçar expulsão para facilitar sua saída para o rival. Já o Timão apresentava Tobias, Zé Maria, Wladimir, Basílio e Palhinha, que não entrou em campo na derradeira partida, vencida por 1 a 0.

Uma coincidência com o jogo de 1977: o Corinthians negocia a contratação de Clayson, atacante do adversário. A Macaca, atualmente, é avaliada como a quinta força do Estado. Disputa a Série A do Brasileiro. O Timão aposta no retrospecto e na tradição da camisa. Por falar em camisa, o Corinthians fez uma em alusão ao título, de número 77, utilizada por Jadson.

O atacante Jô é o destaque do Timão para o duelo. O centroavante é a esperança dos corintianos depois de anotar gol em todos os clássicos disputados no Estadual. Por outro lado, a Ponte tem William Pottker, artilheiro do torneio com nove gols.