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Delegada fala sobre violência contra mulher
Nelson Donato
Especial para o Diário
06/03/2015 | 07:00
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A delegada titular da DDM (Delegacia da Mulher de Diadema), Renata Lima de Andrade Cruppi, ministrou ontem palestra sobre violência contra mulher a alunos do 3º ano do Ensino Médio da EE Evandro Caiaffa Esquivel, na Vila Nogueira. A escola conheceu de perto a criminalidade em 2014, quando o professor de Sociologia Vagner Rodrigues da Graça, 39 anos, foi morto a tiros em frente à unidade.

A delegada abordou a importância da mulher na família, na sociedade e no mercado de trabalho. “A mãe é como a presidente da casa, tudo passa por ela”. Ela também afirma que muitos homens sentem raiva por perder espaço. “Quando se deparam com a concorrência, muitos atacam para destruí-las psicologicamente.”

Ela adverte que o uso indevido de redes sociais, como Facebook e WhatsApp, também pode ser considerado violência contra a mulher. “Fazer vídeos e fotos pornográficas e divulgá-las é crime.”

Com a proximidade do Dia Internacional da Mulher, no domingo, Renata relembrou a origem da data. Em 1857, em Nova York, operárias entraram em greve contra as péssimas condições de trabalho e o movimento foi dizimado após as autoridades atearem fogo na fábrica, matando as funcionárias. “Foi um marco na luta pelos direitos da mulher.”

Questionados, alguns alunos disseram que se sentiriam humilhados caso fossem superados pelas colegas. “Não me sentiria à vontade jogando futebol com uma mulher melhor que eu”, disse um deles.

A palestrante afirma que a maioria dos homens que praticam violência tem histórico familiar de agressões. “Quando convivem com isso desde crianças, tendem a não discernir como algo errado.”

A delegada encerrou sua palestra ao alertar sobre a importância da família. “Em um lar bem estruturado, os riscos de violência são menores.”

PROGRAMA

A DDM de Diadema desenvolve o Programa Homem Sim, Consciente Também, que voltará de forma oficial após atender quase 100 homens em projeto piloto iniciado em 2014. No dia 11 de março, às 10h, na Câmara de Diadema, será feita a divulgação.

À frente da DDM há três anos, a delegada ressalta a importância da iniciativa. “Muitos homens sentiram-se seguros para contar suas experiências nas reuniões. O fato de convidá-los, e não obrigá-los, é positivo.” Participam dos grupos de debate homens com histórico de violência doméstica.
 




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