O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta terça-feira mais agilidade aos líderes dos partidos de sustentação do governo na tramitação de acordos e tratados internacionais no Congresso Nacional. Segundo o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, o apelo foi feito na reunião do Conselho Político, que reúne representantes do governo e os partidos da base aliada.

De acordo com Baumbach, o presidente afirmou que, dentro dos critérios legais, é preciso mais rapidez na aprovação dos atos firmados com outros países para evitar que o Brasil deixe de executar as obrigações assumidas internacionalmente. “Uma aprovação que demore muito pode afetar o próprio cumprimento desses acordos e tratados”, ressaltou o porta-voz.

Apesar do pedido de urgência por parte do governo, Baumbach negou que o presidente estivesse se referindo à adesão da Venezuela ao Mercosul, que está parada na Comissão de Relações Exteriores do Senado. “O presidente fez apenas referências genéricas, sem mencionar nenhum tratado ou acordo específico”, disse.

Segundo ele, o presidente também não se referia à possível assinatura de um acordo entre Brasil e Mônaco para facilitar a extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola. Condenado pela Justiça brasileira em 2005 por irregularidades em operações cambiais na época da desvalorização do real, em 1999, o ex-dono no Banco Marka está preso no principado europeu desde 15 de setembro.

Baumbach declarou que, antes de fazer o pedido aos parlamentares, Lula fez observações sobre a importância das viagens internacionais. “O presidente frisou a importância crescente assumida pelas iniciativas brasileiras na agenda internacional e citou, como exemplo, os biocombustíveis”, finalizou.