Setecidades Titulo Benefício Social
Ana Paula ainda espera auxílio

Moradora do núcleo Fazendinha, em Sto.André,
aguarda aprovação federal para receber benefício

Yago Delbuoni
Especial para o Diário
07/04/2015 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


A auxiliar de limpeza Ana Paula dos Santos, 34 anos, moradora do núcleo Fazendinha, no Parque Miami, em Santo André, segue desassistida pelo governo federal. Após ter sua história contada pelo Diário na edição do dia 19 de março, e levada na mesma data à ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, em visita à região, ela continua na espera para receber o Bolsa Família. Enquanto isso, seus cinco filhos sobrevivem de forma subumana.

Ana Paula mora no núcleo há quatro meses. Os filhos que vivem com ela têm 14, 13, 11, 9 e 7 anos e todos estão na escola. A auxiliar de limpeza tem mais dois filhos: um de 20 anos, que vive em São Pedro do Turvo, a aproximadamente 380 quilômetros de Santo André, e outro com 4 anos, que mora com os avós, no bairro Capuava, também na cidade.

A única mudança na renda de Ana Paula desde a última reportagem foi a inclusão no Programa Família Andreense, da Prefeitura, que garante R$ 95 mensais. Ela ainda recebe R$ 100 como pensão de quatro filhos e R$ 25 por dia trabalhado aos fins de semana em um restaurante que perdeu o movimento e, portanto, raramente a chama para reforçar a equipe. Encontrar emprego fixo está difícil. “Estou desde dezembro à procura.”

De acordo com a auxiliar de limpeza, ela já havia entrado com o pedido para receber o auxílio do governo federal, mas houve um problema quando dois de seus filhos moravam com o pai em São Miguel Paulista, na Zona Leste da Capital, em 2008. “A madrasta deles cancelou o pedido, que estava em meu nome. Recentemente fui requerer o Bolsa Família de novo e uma funcionária informou que o pedido havia sido cancelado.”

Questionada sobre seu maior desejo, Ana Paula disse: “Tudo que quero é ter emprego para que possa sustentar meus filhos sem precisar de ajuda do governo, porque é humilhante. Nunca dependi de ninguém, estou pedindo porque estou desesperada.”

MELHORIAS - Além da inclusão no Família Andreense, a família também deixou de pagar aluguel de R$ 250 e conseguiu se mudar para casa maior graças à ajuda da Associação Amigos de Moradores do Núcleo Pintassilva, que garante mensalmente uma cesta básica para Ana Paula. Ela recebeu ainda a visita de agentes do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), que estão acompanhando a situação da família, segundo a auxiliar de limpeza.

A Prefeitura foi procurada no fim da tarde de ontem para informar como está o andamento do caso, porém, afirmou necessitar de mais tempo para se manifestar.

Já o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome não se pronunciou. Na última visita da ministra Tereza Campello à região, também no dia 19 de março, ela afirmou que o processo de transferência de renda pode levar até quatro meses para ser finalizado. Portanto, a espera de Ana Paula , que entrou com o pedido no início do ano, deve levar ainda este mês para terminar. 




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