Animada roda de samba, que será exibida pelo Canal Brasil em janeiro, teve participações especiais
Em clima de intimidade com a platéia do Teatro Fecap, em São Paulo, o cantor e compositor Martinho da Vila relembrou momentos marcantes de sua trajetória e celebrou 70 anos de vida no show O Pequeno Burguês. Realizada em dezembro de 2007, em parceria com o Canal Brasil, a apresentação ganhou registros em CD (MZA Music, R$ 22 em média) e DVD (R$ 30 em média) homônimos ao espetáculo.
Também chegou às lojas, em edição limitada, uma caixa com o vídeo e o disco (R$ 40 em média). Cercado por bambas de fina estirpe, Martinho contou histórias saborosas, intercaladas por sucessos como Jaguatirica, Meu País e Vou Viajar.
A animada roda de samba, que será exibida pela emissora em 25 de janeiro de 2009, às 21h, contou com as participações especiais do jovem e virtuoso violonista Gabriel de Aquino, 17 anos, e do veterano Mané do Cavaco.
Carreira - No DVD, Martinho falou sobre a infância pobre no município fluminense de Duas Barras e os antigos Carnavais da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, agremiação em que atuou como compositor nos anos 1960. Relembrou ainda o início da carreira profissional, em São Paulo, em 1967, quando tornou-se conhecido pelo grande público com a música Menina Moça, inscrita no 3º Festival da Record.
Entre uma canção e outra, bebericou um destilado que chamou de ‘groselha'. "Foi emocionante para todo mundo. Enquanto falava, lembrava de muitas coisas. A platéia também se envolveu", afirma Martinho, que nunca pensou em ganhar a vida nos palcos.
"As coisas foram acontecendo naturalmente. Quando comecei, cantor era quem tinha voz muito potente, então, como sou devagar, nem pensava nisso", conta o artista, com seu característico bom humor.
Ele revelou que teve de ouvir críticas da mãe, a camponesa Tereza de Jesus, na época em que Casa de Bamba começou a tocar nas rádios. A letra retrata o cotidiano de uma família que não dispensa uma festa regada a bebida e animada pelos ritmos dos tamborins.
"Essa música é uma mentira. Como é que você fala que aqui todo mundo bebe, xinga e faz macumba?", disse Tereza ao filho.
Futuro - Martinho garante que não se preocupa com a passagem do tempo. "Nunca fui de correr muito, porque cansa. Não penso em coisas futuras e não tenho medo da morte. Aos 70 anos, já estou no lucro", brinca o artista.
Ele dá a receita para a longevidade e o bem-estar na terceira idade. "Encarar tudo com naturalidade, fazer o máximo possível para não se aborrecer e, principalmente, não aborrecer os outros. Quando aborreço o outro, meu organismo é que sente", explicou.
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