Prefeito de Diadema diz que antecessor não cumpriu acordo verbal de regularizar situação do Paço
O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), acusou seu antecessor Mário Reali (PT) de não cumprir acordo verbal de quitar débitos para regularizar situação jurídica da Prefeitura e de depositar valores do salário de dezembro e férias de servidores. Segundo Lauro, o petista se comprometeu a utilizar o dinheiro da venda da folha de pagamento ao Bradesco para sanar as pendências. Reali negou as afirmações do sucessor.
Durante solenidade na qual o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) garantiu emenda de R$ 500 mil para Diadema, Lauro disse que Reali havia garantido que pagaria a dívida com o Ipred (Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Diadema) para recuperar a autenticação da CND (Certidão Negativa de Débito) e o CRP (Certificado de Regularidade Previdenciária). O bloqueio dos dois documentos impede a chegada de recursos externos - a emenda de Morando só será depositada por ser destinada para infraestrutura viária.
O verde afirmou que dialogou com Reali sobre a situação financeira do Paço durante a transição. E que foi informado que o petista tinha intenção de negociar a folha de pagamento com o Bradesco, que assumiu o controle operacional da contabilidade dos servidores. Pela operação, a instituição bancária pagou R$ 21 milhões. "Esse dinheiro serviria para regularizar a CND, CRP e pagar funcionários. Ele não regularizou nada e não pagou os funcionários nem férias e salários", acusou Lauro.
"Situação financeira do município é deplorável e calamitosa", emendou o atual chefe do Executivo diademense, que avisou que encaminhará relatórios da Prefeitura para o Ministério Público e TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Em nota, Reali rebateu as acusações do sucessor. Afirmou que todas as movimentações financeiras foram feitas com anuência de Lauro e que o valor da transação com o Bradesco foi "usado para pagamentos de despesas, com fornecedores em atraso e folha de pagamento". "Nenhum funcionário teve seu salário atrasado em dezembro", atestou.
O ex-prefeito disse que deixou R$ 60 milhões em caixa - Lauro afirma que encontrou R$ 617 mil - e avaliou que "o pagamento de funcionários que requisitaram férias a partir de janeiro de 2013 é de competência da atual gestão, bem como a regularização dos certificados."
INTERDIÇÃO
A administração de Lauro cogitou interditar o prédio da Secretaria de Educação, localizada na Vila São José. Segundo o prefeito, infiltrações ameaçavam a estrutura do local, que abriga também as Pastas de Cultura e Esportes.
A possibilidade foi afastada à tarde pelo chefe de manutenção da Prefeitura, Sidnei Pestana de Gouveia. O técnico disse que encontrou problemas, mas "nada que exija interdição do prédio."
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