Em meio ao recrudescimento da crise sanitária e do número de mortos por Covid-19 que aguardam por leitos em Ribeirão Pires, o prefeito Clóvis Volpi (PL) prepara edital de contratação de profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, por intermédio de OSS (Organização Social de Saúde), que atuem na linha de frente do combate à pandemia. A cidade, assim como outras da região, está em estado de saturação.

De acordo com Volpi, a intenção da proposta de contratar mais profissionais da saúde neste momento visa dar maior cobertura nos atendimentos dos infectados pelo novo coronavírus, assim como conseguir efetivar revezamento entre as equipes, uma vez que, reconhece ele, médicos e enfermeiros que trabalham na cidade estão “exauridos”. Até a noite de ontem, 22 pessoas morreram à espera de leitos para tratar a doença. “Quero contratar mais profissionais que atuem na saúde, principalmente médicos e enfermeiros. Quero aumentar a capacidade de atendimento, assim como resolver problema de revezamento entre os profissionais, já que a equipe médica está em seu limite”, declarou Volpi.

Um estudo deve definir o número de profissionais que serão contratados. Não há, contudo, quantidade específica predeterminada. O Diário apurou que, ao secretário de Saúde, Audrei da Rocha, o prefeito indicou para contratar o número de profissionais que fosse preciso. “Se precisar de dez médicos e dez enfermeiros, eles serão contratados. Use o necessário para salvar a população”, teria dito Volpi.

Durante a semana passada, o Executivo contratou mais um médico emergencista e outros profissionais da saúde, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, para atuar no hospital de campanha da cidade. Além disso, a administração também contratou outros profissionais para trabalhar em UPA (Unidade de Pronto Atendimento), no Hospital São Lucas e em UBS (Unidade Básica de Saúde). Decreto de emergência de saúde, em vigência, versa que, caso precise, Volpi pode convocar médico de um equipamento de saúde da cidade para atuar na linha de frente de combate ao novo coronavírus.

SAÚDE
Em balanço realizado nos primeiros meses de gestão, Volpi declarou que a área da saúde do município era uma das mais defasadas financeiramente. Em fevereiro, o secretário Audrei Rocha alegou que a pasta continha dívida de R$ 24 milhões, herdada da gestão do ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB). À época, o secretário citou também que não havia insumos básicos para os profissionais trabalharem.

O Executivo também efetuou mudança da gestão da saúde na cidade. A Biogesp foi contratada no lugar da Santa Casa de Birigui, que fez a gestão do setor até o início deste ano.