Política Titulo Santo André
Paulo Serra cobra investimento do Estado em projetos de mobilidade

Prefeito reeleito de Sto.André com 76,88% dos válidos fala que região não pode ficar fora de pacote, incluindo Estação Pirelli

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
17/11/2020 | 00:25
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Claudinei Plaza/DGABC


Prefeito reeleito de Santo André com 76,88% dos votos válidos no domingo, Paulo Serra (PSDB) adotou no primeiro dia pós-vitória nas urnas postura de cobrança por maior volume de aporte aplicado pelo governo de São Paulo, gerido pelo correligionário João Doria, na área de mobilidade urbana do Grande ABC. O tucano sustentou que a região “não pode ficar fora de pacote grande de investimento do Estado” após a aprovação de reforma administrativa, com ajuste fiscal.

Paulo Serra incluiu no pacote compromissos do Estado em destravar as propostas de retomada da Estação Pirelli, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), em Santo André, bem como avaliar a situação da linhas 18-Bronze, substituída pelo BRT (sigla em inglês de ônibus de alta velocidade), e 20-Rosa, do Metrô. “Mesmo com a pandemia, as prefeituras (da região) hoje estão muito mais bem arrumadas em relação a 2017. Prova disso são as votações de recondução ao mandato. Da minha parte, vou fazer cobrança mais sistemática para que esses projetos saiam do papel. Estação Pirelli, linhas 18 e 20, o que estiver mais próximo, factível, precisa ser viabilizado.”

O tucano, que evitou agendas públicas ontem, reiterou que há sinalizações de que diante da economia firmada com o corte da estrutura da máquina estadual, o Palácio dos Bandeirantes deve movimentar pacote de investimento a partir de 2021. “O Grande ABC não pode ficar fora de projetos que tratem de transporte de massa, diante do grande fluxo de pessoas todos os dias. Sobre a Estação Pirelli, pretendemos que haja andamento. Não houve definição. Queremos decisão clara, com transparência, saber se, de fato, a Linha 18 pode sair do papel. A região tem que ser tratada com o respeito que merece.”

Em relação à nova composição da Câmara, Paulo Serra falou que pretende dialogar com todas as forças políticas. Das 21 vagas no Legislativo, 15 ficarão preenchidas por nomes que integravam a sua coligação. As demais serão ocupadas por figuras que compunham aliança de oposição. “Vamos tratar com muito respeito a vontade das urnas, que representa estrato da cidade. Manteremos diálogo aberto. Não gosto de rótulos, essa sistemática. Respeitamos visões diferentes. Teoricamente tem mais partidos de oposição, com Eduardo (Leite, PT), Wagner Lima (PT), Ricardo Alvarez (Psol), Pedro Awada (Patriota), Carlos Ferreira e Toninho Caiçara (ambos do PSB). Conheço todos eles. O Pedro é amigo da família. Com o Toninho, temos relação, é trabalhador.”

O chefe do Executivo evitou analisar o desempenho dos antecessores no Paço, Carlos Grana (PT) e Aidan Ravin (Republicanos), que foram derrotados na tentativa de assumir vaga de vereador – o petista teve 1.666 votos; Aidan, 1.548. “Não vou avaliar resultado, seria deselegante. São eleições diferentes. Eram mais de 600 candidatos. É pleito difícil, não dá para medir se isso expressa sentimento da gestão de prefeitos passados. Posso dizer do nosso resultado, da felicidade em ter trabalho reconhecido. Sociedade manda recado. Como andreense, me sinto parte disso, quando o poder público consegue melhorar a vida das pessoas elas reconhecem.” 




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