O assunto é recorrente. Já foi comentado aqui na coluna algumas vezes. E os dirigentes parecem insensíveis com o fato. Mas jogo às 11h tem uma série de fatores negativos. Entre novembro e abril, o calor é insuportável. O segundo tempo quase inexiste. Os jogadores ficam tocando a bola e rezam para o tempo passar logo.

Há outro aspecto preocupante: o corpo humano. Nesse horário, com o Sol a pino, os batimentos cardíacos aumentam consideravelmente. Mesmo os jovens atletas acabam sentindo. Uma hora vai acontecer uma tragédia.

O jogo entre Santos e Ituano, realizado sábado, na Vila Belmiro, estava marcado para Quarta-Feira de Cinzas. A diretoria do Peixe pediu a antecipação para aproveitar e atrair os turistas que estavam na cidade para o Carnaval. Mas nada disso adiantou. Pouquíssima gente na Vila Belmiro. Menos de 6.000 pagantes.

No ano passado, pelo Brasileiro, alguns jogos foram realizados nesse horário e o público compareceu maciçamente. Mas estávamos no inverno, a temperatura não era tão alta e, dessa forma, os jogadores não sofriam para correr o suficiente e apresentar bom jogo.

O maior perigo de um jogo às 11h e com forte calor é a integridade física dos atletas. Atente-se para isso!

Patrocínio e prestígio

A CBF perdeu na semana passada mais um patrocinador. Em 2015, três empresas também se desligaram da entidade. O empresário não quer ligar sua marca a escândalos e problemas. A tendência é que outras empresas remanescentes façam a mesma coisa.

A CBF é entidade privada e tem receita milionária. Também gasta muito. As despesas são compatíveis com empresa de grande porte. Não sei não se essas despesas terão de ser reduzidas. E cabeças, com salários milionários, sejam cortadas.

Quem também deve tomar cuidado é a família de Neymar. Com essas ações correndo na Justiça espanhola e aqui no Brasil, a imagem do atacante pode ficar arranhada.