"Vamos a caminho da recuperação. Não estamos felizes de estar onde estamos, mas estamos felizes de avançar para onde vamos", declarou Fraga ao jornal econômico britânico.
Segundo o presidente do BC, o pior da crise financeira no Brasil já passou. Ele reconheceu que os mercados continuam preocupados, mas ressaltou que o ânimo dos investidores melhorou um mês depois que o Brasil recebeu uma ajuda de US$ 30 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Armínio Fraga disse que podem ser feitas algumas reformas depois das eleições presidenciais de outubro, principalmente no âmbito dos impostos, segurança social e independência do BC.
Ele assinalou, contudo, que a recuperação econômica brasileira depende das garantias a serem dadas pelo futuro presidente aos investidores e da evolução dos mercados financeiros internacionais.
"Não estou totalmente sereno em relação à economia mundial", declarou. "Teremos de trabalhar sabendo que os mercados serão hostis aos riscos durante certo tempo."
Fraga e Malan iniciarão na próxima semana um giro por várias capitais da Europa e Ásia. Segundo fontes diplomáticas consultadas em Paris, o ministro da Fazenda se encontrará no dia 11 de setembro em Paris com o ministro francês de Finanças, Francis Mer, e o governador do Banco Central francês (em outros países, o titular do BC tem o cargo de governador), Jean-Claude Trichet.
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