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Enem divulga locais das provas com lentidão no site

Estudantes relatam que problema acontece todo ano; exame acontecerá nos dias 17 e 24 de janeiro

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
06/01/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


O Ministério da Educação divulgou ontem os locais em que serão realizadas as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), nos próximos dias 17 e 24 de janeiro. O cartão de confirmação do exame ficou disponível na página do participante pela internet, onde os estudantes podem consultar o local e o horário da prova. Porém, diante disso, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela aplicação do exame, teria atrasado a divulgação, o que gerou reclamações dos candidatos pelas redes sociais, além de problemas com a lentidão do site e escolha dos locais de prova.

Inicialmente, a prova estava marcada para novembro de 2019, mas precisou ser transferida para este mês por causa da pandemia de Covid-19. Além da mudança de data, o Enem ofereceu a opção de realizar a prova virtualmente, sem necessidade de ir até os locais do exame, que está marcada para os dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Para quem optou pelo exame presencial, o uso da máscara durante todo o exame será obrigatório a todos os participantes. 

A estudante Yassmin Wichert, 19 anos, moradora do Parque Oratório, em Santo André, vai fazer o Enem pela quinta vez e observa que todo ano sente lentidão e observa problemas na plataforma. “Isso é normal acontecer, principalmente porque o site sobrecarrega, de muita gente que acessa ao mesmo tempo. Eu acessei por volta das 11h (de ontem), consegui, mas estava lento”, comenta. 

Yassmin estuda com ajuda do Cursinho Singular Anglo, também na cidade, e o objetivo é ingressar em uma universidade federal para o curso de medicina. A estudante optou em fazer Enem no modelo presencial. “Estou habituada com esse modelo e, para mim, é bem melhor. Além de estar acostumada, foi preferência mesmo, mais fácil de resolver”, comenta. A aluna fará a prova na Faculdade Anhanguera, no bairro Campestre. 

A distância dos locais da prova também incomodou alguns estudantes, caso da aluna Emily da Silva Ferreira, 17 anos, moradora do Jardim Zaíra, em Mauá. Apesar de não ter encontrado problemas ao acessar o site, observou que o local escolhido para sua prova ficou “fora de mão”, já que realizará o exame no Jardim Itapark, na EE Professora Marta Teresinha Rosa. Caso precise usar transporte público, o tempo de viagem é estimado entre 40 a 50 minutos. 

“Moro um pouco longe de lá, poderia ser (um lugar) melhor para mim”, detalha Emily. A jovem também optou pelo modelo presencial e pretende cursar direito. 

INSCRIÇÕES

De acordo com o Inep, neste ano, foram 5,7 milhões de inscrições para as provas impressas em todo o País, enquanto 96 mil alunos optaram pela digital. Em São Paulo são 910.482 inscritos. Segundo a pasta, os dados por cidades ainda não foram tabulados e serão divulgados antes do primeiro dia de Enem. 

Em 2021, ainda acontecerá a reaplicação dos exames – dias 24 e 25 de fevereiro – para aqueles estudantes que foram afetados por problemas estruturais ou tenham testado positivo para a Covid-19. Os resultados serão divulgados a partir do dia 25 de março.

Covid é aposta para tema de redação este ano

Há pouco mais de uma semana para o primeiro dia de Enem, as apostas para o tema da redação são inúmeras e, entre elas, assuntos relacionados à Covid-19. Doutor em educação, o professor Roger Marchesini observa alguns possíveis temas para o exame, mas, no geral, aconselha o estudante a se manter também atualizado em demais assuntos, caso o tema da redação “surpreenda”. 

“Se realmente o tema for ligado à Covid, acredito que seja algo relativo ao SUS (Sistema Único de Saúde), talvez discutir a importância do sistema durante a pandemia, falar também sobre a vacina, o negacionismo diante disso, ou até mesmo políticas compensatórias, como auxílio emergencial do governo, salário às famílias e outros”, comenta. 

O especialista acredita também que saúde física e mental, ainda com relação à pandemia, podem ser temas para a redação. “É fundamental que o estudante revise todos esses espaços, inclusive, o lockdown e até educação remota. Afinal, é uma redação dissertativa argumentativa, então, todos os argumentos são importantes”, completa. Fora o tema relacionado à Covid, Roger também aposta em questões relacionadas às fake news ou meio ambiente.

As estudantes da região Yassmin e Emily apostam em temas diferentes. Yassmin acredita que será vinculado à Covid-19, mais na questão de empatia e solidariedade, enquanto Emily observa que a educação será o assunto do Enem. 

O especialista também aconselha os estudantes a conversarem em grupos e debaterem temas possíveis para o Enem. “As redações são, em média, de 30 linhas. Então, praticar em casa também é muito bom, além de ler o manual com as instruções e o edital do exame”, finaliza Roger.




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