O Diário está organizando a lista dos seus mais antigos assinantes, verdadeiros parceiros do jornal em quase 52 anos de história. Relembrando: com o nome de News Seller, o Diário foi fundado em maio de 1958.

Hoje contamos a história de Silvio e Luiza Romano, dois italianinhos queridos da Vila Pinheirinho, em Santo André. Eles assinam o Diário desde 1968 - ano em que o News Seller passou a jornal diário.

Os Romano e Di Cunto já se conheciam na Itália. Eram vizinhos em San Marco di Castellabate, na Província de Salerno. Mas os jovens Silvio e Luiza nem pensavam que um dia iriam namorar.

Os Di Cunto vieram primeiro para o Brasil. Chegaram em 30 de outubro de 1951 ao bairro do Brás; já a família Romano chegou em 5 de agosto de 1955 e se estabeleceu na Mooca. Antonio Romano já estivera outras vezes no Brasil, desde 1912. Foi alfaiate, negociava com tecidos, teve armazém na Itália. Em 1950 veio pela quarta vez e depois trouxe toda a família.

Silvio Romano, filho de Antonio, foi marinheiro na Itália; no Brasil dedicou-se ao comércio. Em 1957 veio para Santo André e em 1958 casou-se com Luiza Di Cunto, em cerimônia presidida pelo padre Jacob Bordim na Matriz cor-de-rosa.

O jovem casal lia o News Seller e quando o jornal tornou-se Diário, passaram a assiná-lo. Quarenta anos de assinatura e as lembranças de Francisco Scoriça, um senhor aposentado da Tognato que foi o primeiro entregador do jornal.

"Fico toda orgulhosa quando o José Paulo de Andrade lê a manchete do Diário no programa O Pulo do Gato. Fico escutando. E quando falha, fico triste", testemunha Dona Luiza.

EM PÍLULAS
1 - Silvio Romano considera o Diário um jornal completo. Lê todas as páginas. Gosta das notícias internacionais. E anda nervoso com o noticiário esportivo, por causa das derrapadas do seu Palestra.
2 - Luiza Romano acompanha as súmulas das novelas, demora-se nas manchetes, na página Estilo Angélica e na Memória - gosta de acompanhar as histórias das famílias tradicionais.
3 - As filhas Lina - hoje Dra. Nicolina, professora de Saúde Pública da USP - e Rosalia (fonoaudióloga) cresceram lendo o Diarinho, a exemplo das netas de Luiza e Silvio, Natalia e Pedra Marina.
4 - E três gerações da família - Dona Luiza, Rosalia e Natalia - foram capa do suplemento Dia-a-Dia, por ocasião do Dia das Mães de 2003.

Legenda

1) Luiza Di Cunto e Silvio Romano - assinantes do Diário há 40 anos.
2) O casamento na Matriz de Santo André em dezembro de 1958.
3) Uma festa nos primórdios do Parque João Ramalho, Santo André, 1963 - toda a tradição brasileira de uma festa junina está presente na paróquia que principia, em louvor a São João Batista. A igreja era de madeira, comportava poucos fiéis. O primeiro casamento do bairro foi celebrado ali entre Célia e Aparecido.

ASSINANTE
Você, que assina o Diário há muitos anos, faça como o casal Romano: entre em contato com Memória. Sua história também será acolhida.

News Seller

Domingo, 13 de dezembro de 1959

Enquete - Fala o povo: "A instalação de taxímetros é imperiosa."

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Quinta-feira, 13 de dezembro de 1979

Manchete - Greve interrompe o fornecimento de gasolina no Estado

EM 13 DE DEZEMBRO DE...

1959 - Paranapiacaba realiza mais uma procissão com as imagens de Santa Luzia e Senhor Bom Jesus.

HOJE

Dia da Bíblia (celebrado sempre no segundo domingo de dezembro), Dia do Deficiente Visual, Dia da Marinha e do Marinheiro, Dia do Pedreiro, Dia do Lapidador, Dia Nacional do Forró, Dia do Avaliador e Terceiro Domingo do Advento.

SANTOS DO DIA

Luzia ou Lúcia, Antíoco, Odila (ou Otília) e João Marimoni.
Odila, popularíssima na França. Como Santa Luzia, ou Santa Lúcia, é invocada contra os males da vista.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

Guaiaçara, Luiz Antonio, Ourinhos e Palmeira d'Oeste.

ALMANAQUE

Antonio Barile
Nascimento: Boiano, Campobasso, Itália, 13 de dezembro de l875.
Vereador: 1929 e 1930.
Falecimento: São Caetano, 1938.
Veio com a família para o Brasil (e para São Caetano) em 1885. Aqui teve olaria e, em 1928, montou a Metalúrgica Barile, em sociedade com o irmão João Barile e o filho Orlando. Presidiu a Sociedade Príncipe Di Napoli.

AFONSO MARTINIANO DE LIMA
(Livramento, BA, 16-4-1914 - Santo André 18-11-2009)

Ele era o jardineiro da Vila Floresta, pai da Rita cabeleireira, que durante 23 anos manteve salão de beleza no bairro. Para o vereador Cláudio Malatesta, era o patrono de Vila Floresta. Uma história que começa em 21 de abril de 1955, quando a família de Afonso Martiniano de Lima e Antonia do Carmo Lima chega à Vila Floresta, sem luz e sem água, com poço raso e fossa no quintal - apenas em 1958 começam a chegar os primeiros melhoramentos.

Senhor Afonso era um homem do interior e da terra, e de extrema sabedoria, mesmo mal dominando a escrita. Veio menino, com os pais José Martiniano e Rita Rosa e quatro irmãos, para Catanduva. Ali se casou com Antonia e teve o primeiro filho, Manoel; a segunda filha, Maria Rita, já nasce no bairro do Ipiranga.

Era preciso trocar o campo pela cidade, e o nosso personagem trabalha em várias firmas, sempre de ajudante geral. Foi da GE e da Elni, por exemplo, até se aposentar e começar a cuidar de jardins. Fez muitos jardins na Vila Floresta e, quando podia, pescava: o reencontro com a natureza.

Afonso Martiniano de Lima foi jardineiro até os 90 anos. Partiu aos 95 e está sepultado no cemitério de Vila Curuçá.

Serviços Funerários: Santo André - 4433-3544; São Bernardo - 4125-1645; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.

Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.