Segundo a publicação, Celso não teria sido vítima de um crime comum, mas de um homicídio premeditado, “organizado justamente pelo amigo que o acompanhava naquela noite (do seqüestro), o empresário Sérgio Gomes da Silva”.
O promotor diz que “essa e outras informações que têm sido publicadas na imprensa são apenas especulações”. Guimarães Carneiro afirma que a investigação do Gaerco ainda não foi concluída e a denúncia igualmente não foi oferecida. “O que nós temos hoje são elementos que permitem ouvir o Sérgio (Gomes da Silva) na condição de investigado. O Sérgio não foi denunciado”, disse.
Conforme o Diário publicou no dia 16 de outubro, a promotoria já havia afirmado ter provas “testemunhais e periciais” que demonstravam “motivações políticas” no assassinato do prefeito Celso Daniel e precipitação da polícia ao encerrar o caso como crime comum.
O empresário Gomes da Silva é investigado pelo Gaerco em dois inquéritos: o que apura a morte do prefeito Celso Daniel e o que averigua o suposto esquema de pagamento de propina imposto a empresários do sistema de transporte de Santo André.
Na semana passada, o empresário esteve no Ministério Público para prestar declarações, mas preferiu ficar calado e não respondeu às questões formuladas pelos promotores. “Ele poderia ter alegado inocência. Era uma oportunidade que não poderia ser perdida”, afirmou Guimarães Carneiro.
A revista dá um prazo de “três semanas” para os promotores entregarem a denúncia. O representante do Ministério Público nega também essa informação. “Não terminamos a investigação. Não sabemos ainda quando iremos concluir. Não temos calendário. Isso também é especulativo.”
O advogado do empresário Sérgio Gomes da Silva, Roberto Podval, disse que as provas apresentadas pelos promotores são infundadas. “Não há elementos para acusação. É absolutamente impossível que meu cliente seja o autor (do crime) ou tenha alguma relação com o caso”. Sobre o fato de seu cliente ter se calado durante o depoimento, o advogado esclareceu: “Tudo o que o Sérgio disser só irá contra ele, e não a favor”.
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