Alves nega à polícia ter participado do crime. Mas todos os outros seis suspeitos confessos de participar do crime o indicam como o autor do assassinato. Além do ajudante, o lavrador aposentado Mário Antônio de Godoy, 40 anos, também não afirmou estar envolvido no seqüestro. Godoy foi quem encontrou o corpo de Emile quatro dias após seu desaparecimento. Ele alega ter sido guiado por Deus até o barranco à beira da estrada da Caracu onde o corpo da menina foi jogado - a 2,5 km do cativeiro e a 1,5 km de casa - na manhã da quinta-feira, dia 7.
Nesta quarta, a polícia passou o dia procurando a arma usada no crime, que teria sido jogada em um determinado ponto da mata. Mais de 20 policiais participaram da varredura, mas não a encontraram. A polícia promete falar nesta quinta sobre os detalhes do seqüestro em uma coletiva para a imprensa.
Emile desapareceu no domingo do primeiro turno das eleições municipais. Ela estava com o pai, o candidato derrotado a vice-prefeito Nilson Gonçalves de Souza, 40 anos, fazendo boca-de-urna na porta de uma escola. Segundo o pai, a menina entrou na escola para beber água e sumiu.
Moradores disseram à polícia que viram Emile caminhar com a dona de casa Maria Aparecida Salviano de Oliveira, 52. Ela mora no mesmo terreno, mas em casa diferente, que Alves, o ajudante que teria matado Emile. Alves dividia a casa com o encanador Rodrigo Monteiro Ferreira, 25, também detido.
Ferreira trabalha com tubos hidráulicos. Uma evidência de sua participação é que o saco que envolvia a parte superior do corpo da menina é usado como embalagem do mesmo tipo de tubos. Além deles, estão presos o filho de Aparecida, Fernando Salviano de Oliveira, 26 anos, o "guarda" contratado para cuidar do cativeiro, Júlio César Santos Silva, 19 anos, o proprietário do Fusca usado para transportar a vítima, Luciano Cardoso, 25, e um menor.
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