Também é balanço da experiência cinematográfica francesa. Espremido e sufocado pela tradição literária e filosófica do país, o cinema busca respiração própria, como fez a nouvelle vague ao renegar a tradição.
Rodado em preto e branco, Paris 8 fala um pouco de tudo isso. Apesar de, às vezes, atulhado pelo excesso de referências (Pascal, Bach, Flaubert, Pasolini, etc.), traz o ar fresco do relacionamento entre jovens, em sua aspiração de agarrar a vida como ela é, em sua angústia terminal diante da impotência.
Bonito filme, dirigido por Jean-Paul Civeyrac, com Andranic Manet no papel de Étienne, e Sophie Verbeeck como a engajada Annabelle, um dos amores capitalinos do estudante. Com excessos ou não, o filme não deixa indiferente quem ama Paris, a cultura europeia e o idealismo juvenil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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