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Parreira: 'Brasil tem obrigação de ganhar a Copa'
Do Diário OnLine
Com Agências
23/05/2006 | 18:54
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O técnico Carlos Alberto Parreira disse nesta terça-feira que "o Brasil é uma das seleções que tem a obrigação de ganhar o título" da Copa do Mundo da Alemanha, que começa no dia 9 de junho. Ele afirmou que para alcançar este objetivo será preciso que os jogadores, verdadeiras "celebridades internacionais", tenham humildade para jogar coletivamente.

"O Brasil é uma grande seleção, assim como França, Itália, Argentina, e como toda grande seleção tem obrigação de ganhar o título" mundial, declarou o treinador, em sua primeira entrevista à imprensa desde que chegou a Weggis, na Suíça, local de preparação da equipe para a competição. "O que é diferente no Brasil é a cultura. Ou você é primeiro, ou você não é nada", acrescentou.

O técnico falou também que não passa pela sua cabeça a possibilidade de não ganhar a Copa. “Mas o Mundial é um torneio traiçoeiro, e uma equipe menor pode surpreender uma potência. Entretanto, nós não queremos voltar mais cedo, queremos ser campeões".

Parreira enfatizou que o futebol é um esporte de conjunto. “Um jogador pode desequilibrar uma partida, mas ganha-se em equipe e perde-se em equipe. Nós temos os melhores jogadores do mundo, mas é preciso humildade para trabalhar em grupo".

Craques da Seleção - Com poucas dúvidas de ordem técnica e tática, já que o esquema e o time titular para a estréia já estão definidos, as perguntas na entrevista coletiva giraram em torno do convívio e do lado emocional dos jogadores.

"Quando assumi a Seleção, o fato de ter tantos jogadores famosos me incomodava. Era uma interrogação na minha cabeça. Não sabia qual seria a reação deles em ter de viajar muitas horas para disputa das eliminatórias, por exemplo. Deixariam a pressão dos clubes europeus para sofrerem mais pressão no Brasil. Mas o grupo reagiu muito bem", disse Parreira.

Além disso, segundo o treinador, "é preciso deixar que a equipe jogue com alegria, aproveitando a qualidade técnica dos jogadores". Ele comentou também que o que não falta na Seleção Brasileira é “alma de campeão", referindo-se à comissão técnica e aos jogadores.

"Todos os jogadores sabem conviver com a pressão e serem vencedores. Eles conquistaram muitos títulos. Tenho certeza de que a resposta será positiva", afirmou.

Condições físicas - “No Mundial passado, havia jogadores que foram convocados com lesões e tiveram de se recuperar no decorrer da preparação. Desta vez, todos estão em perfeitas condições físicas. Com isso, nosso trabalho tem plenas condições de ser 100% mais eficiente e satisfatório”, afirmou o treinador.

Parreira também garantiu que "o peso de Ronaldo está ótimo" e que Adriano está muito feliz na Seleção. "O Ronaldo está se preparando há bastante tempo, está correndo há um mês. Precisa só adquirir ritmo de jogo", o que, segundo Parreira, "deve acontecer nos jogos amistosos", contra a seleção de Lucerna, dia 30 de maio, em Weggis, e contra a seleção da Nova Zelândia, dia 4 de junho, em Genebra.

O treinador também não mostra preocupado com o atacante Adriano, que vem de uma péssima fase na Inter de Milão.

"Adriano quando chega à Seleção se transforma, seu semblante muda, tudo muda. Aqui ele tem carinho. O problema (na Inter) não era ele, mas o time dele", afirmou.

Tática - Parreira disse que já tem o time definido para a estréia brasileira, com Dida; Cafu, Juan, Lúcio e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho; Adriano e Ronaldo. O técnico também afirmou que até o final da Copa serão inúmeras reuniões com os jogadores e que exige um comprometimento máximo de todo grupo com o projeto proposto pela comissão técnica.

No tocante à parte tática, o treinador preferiu não revelar muitos detalhes, mas já deixou implícito que a formação baseada no ‘quadrado mágico’ do meio-campo vai proporcionar mais agressividade e volume de ataque.



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