"Foi-se o tempo em que não sabiam o que fazer com um tecido grande e faziam roupa para gordinhas. Hoje a moda plus size existe no mundo inteiro, tem muita oferta", afirma Sandra Ebener, apresentadora do novo programa da CNT, Fashion & Plus, feito especialmente para mulheres que estão acima do peso ideal.

O programa, que estreou ontem, é a primeira atração brasileira feita para mulheres com manequim GG na televisão. "A mídia é cruel porque tenta impor uma mulher surreal, com traços quase artísticos, que não são a realidade da maioria das mulheres, que se frustram e acabam comendo mais", explica a apresentadora, que também se considera uma mulher fora dos padrões estéticos impostos pela mídia.

O Fashion & Plus tem objetivo de ajudar as brasileiras a fazer as pazes com a balança e o espelho, mas não faz apologia à obesidade. "Até porque se você se amar e se aceitar, vai conseguir realizar as transformações que quer, inclusive, comer melhor e emagrecer." Até julho o programa Fashion & Plus será mensal com exibições marcadas para 15 de maio, 12 de junho e 17 de julho, às 13h. A partir de agosto a atração passa a ser semanal.

"Faltava comunicação para estas mulheres. Você não tem autoestima quando não tem informação e não consegue compreender seu próprio biotipo", finaliza a apresentadora.

MODA
Com as discussões fervilhando ao redor do mundo sobre a magreza exagerada, as mulheres plus size começam a ganhar destaque não só na televisão, como na internet, e também nos editoriais de moda de revistas renomadas. A Vogue Italiana, por exemplo, acaba de reservar uma parte do site especialmente para estas mulheres mais cheinhas, com dicas de moda e beleza.

Entre as modelos mais resquisitadas para os editoriais plus size está uma brasileira, a modelo Fluvia Lacerda, que vem atraindo olhares pelo corpão curvilíneo e rosto perfeito. Fluvia já estampou capas de revistas e editoriais de moda de grandes marcas no Exterior.

"O mercado plus size já é estabelecido de forma sólida em muitos lugares, como Estados Unidos, Europa, México, Austrália e Turquia, entre outros. Mas no Brasil,quando iniciei o meu trabalho, ninguém sequer sabia o que significava. Ouvi muitos ‘não' de revistas e estilistas. Mas segui em frente, até porque encaro isso como uma missão: dar a chance das mulheres de se vestirem melhor e se sentirem bem consigo mesmas", afirma.