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Mais vivo do que nunca, Palestra chega aos 80 anos

Clube de São Bernardo apaga as velas perto de anunciar projeto para o futebol de base

Dérek Bittencourt
01/09/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC



“O Palestra não está largado, parado ou esquecido. Está vivo, em funcionamento. Mais do que nunca.” As palavras do presidente José Fábio Cassettari Neto soam como presente de aniversário ao clube são-bernardense, que hoje comemora 80 anos de fundação. Com planos cada vez mais concretos do retorno ao futebol desde o licenciamento em 2010 – a diretoria tem apostado ano após ano na volta, sem concretizá-la –, o Alviverde traça objetivos também em outras modalidades.

Se nos últimos anos o Dogão se preocupou em sanar dívidas e reorganizar a casa, tenta atualmente viabilizar o esporte que deu origem ao clube em 1935. “Continuamos nessa expectativa. Temos conversa adiantada com pessoal. O anúncio da volta não do futebol profissional, mas de base, está próximo de ser concretizado”, explicou.

E o reinício está previsto por meio das categorias sub-11, sub-13, sub-15 e sub-17, passo inicial para o retorno do profissional, já que a Federação Paulista de Futebol exige participação em competições de base para permitir a disputa nos torneios adultos. “É um projeto. Tem um começo, um meio e o fim, que é o retorno do futebol profissional. Mas tudo feito com planejamento pés no chão e sustentável, sem ser passional, bem estruturado”, disse.

Mas como a bola redonda tem feito muitos clubes sofrerem problemas financeiros, o Palestra aproveitou para desenvolver neste meio-tempo projetos com outros esportes. “O Palestra é reconhecido pelo futebol e não tem como desassociar uma coisa da outra. Construiu sua marca e é reconhecido em São Paulo como equipe forte, que não entrava para fazer número ou time de aluguel. Em contrapartida, com a licença que tiramos conseguimos criar outras modalidades, projetos em outros esportes que estão crescendo no Brasil, como o futebol norte-americano e o rúgbi, que eram desconhecidos há poucos anos e hoje têm reconhecimento enorme de público e mídia”, explanou.

Além das modalidades citadas, o Alviverde conta com o tênis de mesa e o handebol, este em parceria com Daniel Robert Suarez, o Cubano. E vem mais por aí. “Fechamos parceria com Liga Amadora de Basquete do ABC para trazer novamente um departamento da modalidade aqui para dentro. O grande problema do futebol é o custo. Consigo manter outras 12 modalidades com os gastos do futebol. Por isso, às vezes preferimos focar em esportes que conseguimos colher frutos”, concluiu Neto.

Hugo Hoyama e Zé Roberto: filhos do clube

Nestes 80 anos, grandes nomes do esporte vestiram a camisa do Palestra. No futebol, o principal deles foi Zé Roberto, ídolo no futebol brasileiro e alemão e que ainda está na ativa pelo Palmeiras. O zagueiro André Dias, ex-São Paulo, e o volante Fabinho, que tem história pelo Corinthians e também no vizinho São Caetano, são outros filhos do Dogão.

“Sou muito grato ao Palestra. Foi o primeiro clube a me dar oportunidade real de alcançar meus sonhos e objetivos. Fico feliz que o Palestra esteja ensaiando seu retorno. Gestão é tudo. Se eles têm um projeto, que coloquem em prática o quanto antes. São Bernardo sempre foi um celeiro de craques e muitos atletas estão ficando pelo caminho”, disse Fabinho.

Quem também deu os primeiros passos – ou raquetadas – pelo clube são-bernardense foi Hugo Hoyama. “Aqui foi o primeiro clube dele. Isso para a gente é grande honra. E estamos revelando outros agora”, destacou o presidente José Fábio Cassettari Neto. Aos 7 anos, o 13 vezes medalhista pan-americano começou a treinar onde hoje é o Estádio 1º de Maio pelo Alviverde. “Parabenizo pelos 80 anos e torcerei para que continue com o tênis de mesa”, afirmou o mesa-tenista, diretamente dos Estados Unidos. “Desejo que retorne às origens com um grande time de futebol. O Grande ABC merece”, encerrou. DB
 




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