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Dilma se recusa a comentar postura sobre mensaleiros

Candidata à reeleição não respondeu sobre comportamento do PT ao tratamento dado aos condenados no esquema

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
19/08/2014 | 07:47
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Celso Luiz/DGABC


Candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff não respondeu sobre o comportamento adotado por sua sigla em relação aos condenados no escândalo do Mensalão. Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, a petista foi questionada em relação à postura da militância do partido que buscou tratar os políticos como vítimas e guerreiros.

“Eu sou presidente da República, não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por um motivo simples: a Constituição exige que o presidente da República e os demais chefes do poder respeitemos e consideremos a autonomia desses órgãos”, afirmou.

Novamente perguntada, de maneira mais específica, sobre o posicionamento do PT e não às sentenças proferidas pelo STF, a candidata novamente esquivou-se: “Eu não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto e conflito ou aceitando ou não. Respeito a decisão do STF. Isso não é uma questão subjetiva.”

Ainda sobre corrupção, a presidente buscou apoiar-se nos órgãos criados por sua gestão e do seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Criamos a Controladoria-Geral da União, que se tornou forte na investigação de muitos casos. Outra viabilização foi a Lei do Acesso à Informação. Na minha gestão e do presidente Lula, a Polícia Federal ganhou imensa autonomia para investigar, descobrir e prender. Tivemos relação respeitosa com Ministério Público e nenhum procurador, em nossa gestão, foi chamado de engavetador público, porque agimos com isenção”, enfatizou.

No setor da Saúde, Dilma buscou frisar feitos de sua administração, outra vez lincando com o governo do ex-presidente, quando questionada sobre o tema ser considerado a maior preocupação entre os brasileiros. “Acredito que nós enfrentamos o mais grave dos problemas que a Saúde por ter, que é o de (não) ter médicos. Entre a providência que precisamos tomar, com muita resistência, foi a de chamar mais profissionais, pois os números eram insuficientes. Com muito custo chegamos a 14.462 mil médicos, que é o aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde), garantindo assim o acesso a 50 milhões de pessoas.”

Na economia, Dilma se viu confrontada com os atuais números dos indicadores. A questão girou em torno da alta da inflação anual, que chegou aos 6,5%. E o encolhimento no crescimento neste segundo trimestre em 1,2%, apontando baixa projeção até o fim do ano, menos de 1%. E foi questionada ao que pode ser atribuído o péssimo resultado. “Conseguimos enfrentar a crise econômica não desempregando. Nós temos melhoria, pois os índices antecedentes, que mostram a quantidade de papelão que é comprada, o quanto de energia elétrica foi consumida. E os números nesse campo mostram recuperação no segundo semestre”, finalizou. 




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