Aprimorar as práticas para criação e manejo de hortas comunitárias e desenvolver o potencial socioeconômico da atividade. São esses os objetivos de parceria firmada entre a Prefeitura de Diadema e a Universidade Metodista, que começa na segunda-feira. 

Estagiários de educação, engenharia civil e ambiental vão atuar, inicialmente, nas 22 hortas comunitárias que funcionam em escolas municipais e são usadas com fins educacionais e pedagógicos. 

"A parceria vai trazer o processo metodológico para construção dos canteiros e, com a capacitação das equipes da administração, teremos mais multiplicadores”, explicou a secretária interina da  Assistência Social e Cidadania, Caroline Rocha.

Atualmente, destacou Caroline, há dificuldade de manter o fluxo de atividades nas férias, e muitos canteiros acabam morrendo. “Nossa ideia é que a horta seja cultivada o ano todo, que haja o envolvimento não só dos alunos, mas de toda a comunidade”, completou.

Coordenadoras da parceria por parte da universidade, as professoras Tassiana Boreli Pinato, Marcia Sartori e Valéria Calipo destacaram que a atividade será oportuna para contribuir com o desenvolvimento da economia solidária local. “Vamos promover técnicas de valoração econômicas para que seja possível a comunidade vender o produto das hortas”, explicou Tassiane. “Nós, como instituição, podemos levar o conhecimento de dentro da universidade para a comunidade”, completou Marcia. A parceria deve durar dois anos.

As hortas comunitárias são iniciativa de sucesso em Diadema, desde 2003. A cidade conta com 68 equipamentos, entre comunitárias, escolares, ocupacionais e institucionais. Em ao menos dez, há a venda de verduras, temperos e hortaliças. São 443 agricultores capacitados pela Secretaria de Segurança Alimentar e 1.074 pessoas beneficiadas, seja pelo consumo dos produtos da horta, seja pela venda.

Na horta do Jardim Padre Anchieta, há dois anos, 24 famílias cuidam dos canteiros. O local era um terreno do governo estadual que durante muito tempo acumulou lixo e entulho. “É uma delícia passar o tempo aqui e manter a cabeça ocupada”, afirmou a dona de casa Clarice Boton, 61 anos. “O vinculo com os vizinhos foi aumentado. Se pudesse, passaria o dia todo aqui”, declarou a microempresária Marlene Perosa, 53.