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Chuva causa transtornos à população

Temporal na tarde de ontem afetou principalmente Santo André, onde oito árvores caíram; pontos de alagamentos prejudicaram o trânsito

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
21/12/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Uma hora e meia. Esse foi o tempo necessário para que moradores do Grande ABC, em especial os andreenses, sentissem, na tarde de ontem, os impactos do temporal que atingiu a região. Houve queda de oito árvores em Santo André, além de alagamentos pontuais, o que também aconteceu em São Bernardo. Como de costume, o trânsito ficou intenso e houve congestionamentos nas principais vias. Quedas de energia em diversos pontos e semáforos desligados complementaram os transtornos.

Na Rua Las Palmas, Vila Palmares, um veículo Escort ficou completamente destruído após ser atingido por uma árvore, que caiu durante a ventania. Segundo moradores da via, o incidente já era previsto. “No dia 7, abri chamado na Defesa Civil e no Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) falando que a árvore estava prestes a cair, mas ninguém fez nada. Hoje (ontem), quando começou a chover, já temia pelo pior. No fim das contas deu nisso”, relatou a professora Sidneya Tizzo Villas Boas, 53 anos, moradora da residência em frente ao vegetal.

Proprietário do veículo destruído, o mecânico Vinicius Dias, 23, reforçou a sensação de descaso da administração municipal em relação à comunidade, tendo em vista a falta de ações preventivas. “Todo mundo sabia do risco de essa árvore cair. No entanto, ninguém da Prefeitura tomou providências. Agora terei de arcar com o prejuízo. É lamentável”, reclamou.

A equipe do Diário contabilizou ainda queda de árvores na Rua das Monções, no bairro Jardim; na Avenida XV de Novembro, Centro, e na Rua David Campista, na Vila Guiomar.

No início do mês, reportagem do Diário já havia alertado para os riscos relacionados à queda de árvores. Os problemas são, em sua maioria, ocasionados pela ausência de manutenção por parte das prefeituras. Segundo levantamento feito junto a quatro municípios da região – Santo André, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires –, de janeiro a novembro, foram registradas 177 ocorrências do tipo, média de uma a cada dois dias.

Por meio de nota, o Semasa destacou que recebeu apenas quatro chamados para verificação de quedas de árvores: na Rua Tefé, Vila Curuçá; Alameda Calcutá, Vila Metalúrgica; Rua Guaporé, Vila Gilda; e Rua Monte Castelo, Vila Francisco Matarazzo. Outras três vistorias em edificações foram solicitadas pela população, sendo elas no bairro Camilópolis, Jardim Bela Vista e Vila Scarpelli.

O único ponto de alagamento em Santo André ocorreu na Rua Napoli, Vila Metalúrgica. A Defesa Civil não registrou nenhum ferido em decorrência da chuva.

Ainda na tarde de ontem, um caminhão caiu no Córrego Jundiaí, localizado na Avenida Engenheiro Olavo Alaysio de Lima, na Vila Metalúrgica. Cinco viaturas do Corpo de Bombeiros foram encaminhadas para atender a ocorrência. Ninguém ficou ferido.

 

SÃO BERNARDO

A região mais afetada de São Bernardo foi justamente a que concentra obras inacabadas do Projeto Drenar, incluindo o Piscinão do Paço. As intervenções, que deveriam ter sido finalizadas em 2015, visam acabar com as enchentes na área central do município, o que ainda não acontece.

Vias do bairro Rudge Ramos, em São Bernardo, ao lado do Universidade Anhanguera-Uniban, registraram pontos de alagamento, inclusive com grande concentração de lixo. O Diário denunciou os constantes problemas da área em período de chuva ao longo deste ano.

O sistema de trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ficou paralisado no fim da tarde entre as estações Prefeito Celso Daniel-Santo André e São Caetano por cerca de uma hora, entre 17h e 18h. Neste período, os passageiros foram atendidos pelo Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência).




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