Setecidades Titulo Crime
Escola de música de Ribeirão é furtada

Criminosos levaram instrumentos e Prefeitura suspendeu as aulas para reparar edifício

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
11/09/2014 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


A Escola Municipal de Música Alfredo Della Ricca, localizada na Rua Santo André, no Centro de Ribeirão Pires, foi arrombada na madrugada de ontem. Os criminosos levaram seis clarinetes, uma viola e um violino da instituição.

Segundo informações da Prefeitura, assim que os funcionários chegaram ao local, no início da manhã, as autoridades foram informadas. O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia Sede .

De acordo com o delegado titular Marcos Pimenta, esse tipo de crime não é comum. “Provavelmente as pessoas que roubaram os instrumentos já tinham a intenção de vendê-los. Lembrando que quem compra é indiciado pelo crime de receptação, já que deve se certificar da origem da mercadoria.”
Conforme Pimenta, as investigações já estão em andamento.

Segundo o Executivo, a Escola Municipal de Música, que tem cerca de 1.000 alunos, está instalada em prédio antigo e a estrutura do local já não comporta a demanda. “Por essa razão, a Prefeitura já estudava transferência das instalações. O município procura outro espaço para receber a escola. As aulas na unidade estão temporariamente suspensas até que todo o processo seja concluído. A previsão é que as medidas necessárias sejam realizadas até outubro”, informou a administração.

Até 2009, a escola tinha como sede o prédio da Fábrica de Sal da cidade, construído em 1898. A sede atual fica ao lado do edifício antigo e foi ocupada depois que a escola teve de deixar a fábrica, contaminada com cloreto de sódio.

O aluno de piano Rodney Mourão, 28 anos, garante que a instituição tem ótimos professores, mas o prédio não está adequado. “O local está cheio de rachaduras e as paredes estão moles. A iluminação do bairro à noite também é péssima”, afirmou.

A aluna de piano Pamela Duarte da Silva, 17, faz lista de problemas. “Tem uma passagem de esgoto na escada principal e ninguém sabe de onde vem. A caixa-d’água vive dando problemas, as paredes têm rachaduras, falta banco para os pianos e não há vigia, qualquer um entra e sai.”

Mourão lamenta as atuais condições. “É ruim, pois temos alunos muito competentes. Semana passada tocamos com a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo).”

“A escola era um lugar de refúgio, onde nos divertíamos fazendo música e compartilhávamos nossos conhecimentos”, completou Pamela.
 




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