Política Titulo São Bernardo
Base aliada mantém queda de braço com Zé Ferreira

Insatisfeito com manobra do líder de governo, G-12 de S.Bernardo bate boca com petista

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
17/10/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A relação entre o vereador José Ferreira (PT), líder do governo na Câmara de São Bernardo, e o G-12 (grupo de 12 parlamentares governistas) fica cada dia mais insustentável. Ele é criticado pelo bloco por ter postura antidemocrática no Legislativo.

Ontem, durante a sessão, o petista bateu boca com Fábio Landi (PSD) e Ramon Ramos (PDT). O entrevero ocorreu um dia após o G-12 faltar à reunião que antecede os trabalhos legislativos com o secretário de Governo, José Albino (PT), numa demonstração clara de descontentamento com a postura de Zé Ferreira.

Segundo os aliados, o petista privilegia apenas projetos, indicações, requerimentos e pedidos de sessão solene dos correligionários.

Mesmo criticado, a cena se repetiu ontem, quando requerimentos dos petistas foram apresentados para votação à frente de proposituras dos integrantes do G-12, durante a sessão extraordinária para votação do PPA (Plano Plurianual), convocada pelo presidente da Câmara, Tião Mateus (PT).

Ramon Ramos questionou o petista sobre alteração da sequência de urgências para votação. Tião respondeu que “quem dá a ordem é o presidente”. A resposta irritou o pedetista, que sinalizou que o G-12 poderia travar a votação do PPA para o quadriênio 2014-2017, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões por ano. Imediatamente, Tião Mateus recuou e encerrou a sessão, convocando na sequência outra sessão extraordinária.

Durante a pausa, Zé Ferreira procurou os aliados, mas não foi bem recebido. E discutiu com Ramon e Landi. O tom do debate foi acalorado, com troca de insultos entre os vereadores.

Para remediar a situação, José Albino foi à Câmara para colocar panos quentes na briga entre os aliados. Ele desconversou sobre a possibilida da saída de Zé Ferreira da liderança do governo.

O parlamentar também deixou nas mãos de Luiz Marinho sua permanência no posto. “Não pedi para entrar nem vou pedir para sair”, alegou Zé Ferreira.

Guardas municipais e professores protestam

Em dia tumultuado, a Câmara de São Bernardo foi palco de dois protestos simultâneos, de integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal), que reivindicavam reajuste salarial, e de um grupo de professoras, que almejava discutir com os vereadores o Estatuto dos Profissionais da Educação e do Magistério, que está sendo discutido entre a Prefeitura e o Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais).

Pelo menos 30 guardas municipais compareceram ao plenário Tereza Delta, reclamando reajuste nos vencimentos da categoria, cujo salário base é de R$ 1.300, e mais 30% de auxílio referente à periculosidade pelo exercício da função.

O grupo de educadoras questionou a proposta do Estatuto da Educação, embora o projeto ainda não tenha sido encaminhado para votação na Câmara.

Após as manifestações de líderes dos dois grupos na tribuna da Câmara, os 28 vereadores se reuniram com os dois grupos, prometendo apresentar as reivindicações de ambos ao Executivo.

Luiz Marinho veta outro projeto de Rafael Demarchi

O Legislativo são-bernardense aprovou o veto do prefeito, Luiz Marinho (PT), ao projeto de lei do vereador Rafael Demarchi (PSD), aprovado em junho, que instituía o Dia dos Esportes Radicais e de Aventura no mês de setembro. Até mesmo Rafael votou favorável ao veto, que não foi avalizado apenas por Pery Cartola (Solidariedade).

Foi o segundo veto que o parlamentar debutante recebe do chefe do Executivo. Marinho brecou propositura de iniciativa do parlamentar, que previa a instalação de placas com a mensagem “São Bernardo do Campo é do Senhor Jesus”, nas principais vias de acesso do município.

A justificativa do Paço para o veto atual é de que a pista municipal de skate foi inaugurada em 14 de fevereiro de 1982, e que a comemoração sobre a prática de esportes radicais deveria ser comemorada numa data próxima. O pessedista afirmou que já protocolou outro projeto, alterando para fevereiro. Mas, agora, a proposta de Rafael Demarchi ficará atrelada ao projeto do parlamentar petista José Luiz Ferrarezi, já aprovado pela Casa, que institui 14 de fevereiro como o Dia do Skatista.




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